A presidente Dilma Rousseff (PT), que concorre à reeleição, foi questionada, em inúmeros momentos sobre os rumos da economia, no debate realizado ontem por SBT, Folha de S.Paulo, UOL e Jovem Pan. Dilma foi cobrada a explicar os motivos da queda do PIB e, pressionada, negou que o Brasil enfrente uma recessão. A presidente também adotou tom agressivo em relação a Marina Silva (PSB).
“Nós não estamos em recessão, porque o mercado consumidor ele aumenta por conta do emprego e por conta do aumento de salários”, defendeu Dilma.
Na última sexta-feira, 29, o IBGE revelou que o PIB brasileiro caiu 0,6% no segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses deste ano. O resultado do primeiro trimestre foi revisado para queda de 0,2% (contra alta de 0,2% informado anteriormente). Para analistas, o Brasil está em recessão técnica.
Convidada a comentar a resposta da adversária, Marina acusou a presidente de não admitir os erros. “Ela se elegeu falando que ia controlar a inflação. Hoje, nós temos inflação alta (...) e a população paga um preço muito alto pela péssima qualidade dos serviços públicos. Para o governo, quando tudo vai mal, a culpa é da crise internacional”, disse.
No ataque
As duas candidatas protagonizaram alguns dos momentos de maior acirramento do debate. Dilma abandonou a defensiva e partiu para o ataque contra a sua principal adversária na disputa pela Presidência. A petista afirmou que não é possível governar o Brasil com “boas palavras ou boa intenção”, “sem apoio político e sem negociação”.
“O maior risco que uma pessoa pode correr é não se comprometer com nada. Ter só frases de efeito e frases genéricas (...) Então não basta dizer que vai fazer uma lista de coisas, sem dizer de onde vem o dinheiro”.
O Povo
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