Um encontro de duas gerações. O velho advogado e promotor de Justiça, Raimundo de Oliveira Borges, com 101 anos, e os jovens promotores e Élder Ximenes e Plácido Barroso Rios. Era o passado e o presente numa simbiose de experiência e sabedoria com a competência e o entusiasmo. Foi assim que foi definida solenidade durante a qual Oliveira Borges encabeçou a lista de assinaturas para o projeto de iniciativa popular que tem o objetivo de impedir a candidatura de candidatos ficha suja.
Ao subscrever o abaixo-assinado, Borges deu uma lição de ética e democracia à nova geração de aplicadores do Direito, afirmando que o fortalecimento das instituições só será alcançado com o voto livre e consciente. A Campanha deu prosseguimento à mobilização realizada na Praça da Sé, durante a última sexta-feira, quando foi realizado o dia D de Combate à Corrupção. A solenidade foi aberta pela juíza eleitoral Geritsa Montezuma, que chamou a atenção dos eleitores para as conseqüências do voto. Em seguida, em tom ecumênico, falaram o pastor da Igreja Batista do Crato, Samuel Macedo Lobo; e o bispo da Diocese, dom Fernando Panico.
Na parte artística, a maior atração foi a dupla de repentistas Silvio Granjeiro e Francinaldo Oliveira, que se revezou com versos, criticando os políticos corruptos. O ato público só terminou à noite.
O Comitê de Combate à Corrupção distribuiu um modelo de título eleitoral, com uma mensagem do poeta alemão Bertolt Brecht (1913-1956), com os seguintes dizeres: "O pior analfabeto, é o analfabeto político". Na visão do autor, a irresponsabilidade do voto pode acarretar o surgimento de mazelas como a desigualdade social e entraves para o desenvolvimento humano.
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