MANIFESTAÇÃO

Na manhã de quinta-feira (18) foi realizada na Candelária, no Rio de Janeiro, uma manifestação contra a 10ª rodada de leilões as reservas de petróleo brasileiro. Havia cerca de 500 militantes do MST, do MTD, da CONLUTAS, da Intersindical, do Sindicato dos Petroleiros RJ (Sindipetro-RJ), da Frente Nacional dos Petroleiros (FNP), dos movimentos estudantis combativos, entre outras entidades.



Quando os manifestantes se aproximavam da sede da Agência Nacional do Petróleo (ANP), localizada próxima a Candelária, a Polícia Militar reagiu violentamente com spray de pimenta e cassetetes buscando dispersar o protesto dos movimentos sociais que acontecia de forma pacífica até então.



O saldo da ação irresponsável da PM acabou deixando mais de 30 feridos, sendo que o caso mais grave foi o do diretor do Sindipetro-RJ e membro da FNP, Eduardo Henrique, que foi internado no Hospital Municipal Souza Aguiar, por ter sido atingido por diversas vezes pelos cassetetes da PM, levando oito pontos na cabeça, além de estar com hematomas por todo o corpo. Eduardo Henrique também é da direção do PSTU no Rio de Janeiro e membro da Secretaria Executiva da CONLUTAS-RJ.



Além dos feridos, a PM também, de forma arbitrária e absurda, prendeu três manifestantes: um dos coordenadores do Sindipetro-RJ e da FNP, Emanuel Cancela, cujo braço esquerdo foi quebrado pelos policiais; o militante do PSTU, coordenador da CONLUTAS-RJ e diretor do SEPE/RJ, Gualberto Tinoco (Pitéu); e o estudante de jornalismo e militante do movimento estudantil da cidade de Santos (SP), Thaigo Costa, integrante da delegação do Sindipetro / Litoral Paulista, que também participava da manifestação.



O objetivo do protesto era barrar mais um leilão promovido pelo governo Lula, com o apoio do PT e do PCdoB, cujo ex-deputado federal Haroldo Lima, militante do PCdoB, atualmente na direção da ANP é responsável direto pela realização destes leilões de privatização.



Na quarta-feira (17) as mesmas entidades organizaram uma manifestação vitoriosa contra a venda de nossas reservas de petróleo, ocupando durante todo o dia o saguão principal do prédio sede da Petrobrás no Rio de Janeiro. Apesar de todos os protestos a ANP e o Governo Lula mantiveram a realização do leilão reafirmando mais uma vez o caráter privatista e entreguista deste governo e dos partidos que o apóiam.


Sindicato dos Docentes da Universidade Regional do Cariri
SEÇÃO SINDURCA SINDICAL - Filiado ao ANDES-SN/CONLUTAS