sábado, 10 de janeiro de 2009

ENTREVISTA COM SAMUEL ARARIPE

O prefeito de Crato, Samuel Araripe (PSDB), ao lado dos que integram o primeiro escalão administrativo de seu governo, concedeu entrevista coletiva à Imprensa da região do Cariri. Durante quase uma hora e meia de conversa, analisou a sua gestão passada e relacionou projetos para os próximos quatro anos. O prefeito aposta no setor do turismo para alavancar o desenvolvimento regional e defendeu uma integração maior dos prefeitos da região em torno dessa e de outras questões. Samuel se posicionou como "fã de carteirinha" do projeto de implantação da Região Metropolitana do Cariri.

Segundo disse, o turismo de eventos aguarda a construção do Centro de Convenções e Feira de Negócios o qual integra o Plano de Requalificação do Crato e já conta com R$ 8 milhões garantidos pelo Banco Mundial. Mencionou ainda o Geopark Araripe que, através dos seus geotopes, vai divulgar o Cariri para o mundo inteiro, além do turismo religioso e o cultural, que ele vê aflorar em toda a região. Na visão de Samuel, Crato não pode se isolar de Juazeiro ou Barbalha e nem de outros municípios. Considerou ainda que não se deve construir um mesmo equipamento público para cada cidade.

A partir daí, citou projetos comuns como o Aterro Sanitário, o Hospital do Cariri, Instituto Médico Legal (IML), Frigorífico Industrial do Cariri, Ceasa, Centro de Convenções e Aeroporto. "Isso é que é visão moderna de gerir a coisa pública", disse o prefeito que refluiu um pouco quando o assunto foi a implantação da Universidade Federal do Ceará (UFC). Prestou contas de sua luta em prol da construção do Campus Avançado em Crato e defendeu a unidade dos políticos do município. "A campanha já passou e não tenho mágoas de quem quer que seja", ponderou.

Nesse aspecto, ele acatou como favorável a sugestão feita pelo repórter Normando Sóracles, do Site Miséria, em torno da necessidade de uma integração maior das lideranças políticas na busca de melhores condições para a segurança pública no Cariri. "O Ronda do Quarteirão tá vindo aí", amenizou Samuel, que confessou ser um "visitante assíduo" do Miséria. Em relação às finanças públicas, o prefeito disse que ficou um débito de apenas R$ 150 mil entre o primeiro e o segundo mandatos. "Recebi a prefeitura com um débito de cinco milhões deixados pelo meu antecessor. Por isso, 2005 foi um ano difícil", comparou.

NOVOS PROJETOS - O prefeito Samuel Araripe deixou escapar informações sobre projetos futuros que considera desafios como acabar as poluições visuais e sonoras, além da invasão das calçadas "que são para a população". Prometeu usar a capacidade de endividamento do município da ordem de R$ 10 milhões na modernização da máquina administrativa e numa patrulha mecanizada para melhorar as estradas vicinais. Lamentou porém não dispor de recursos suficientes para uma solução definitiva do Canal do Rio Grangeiro e a construção da estrada de Santa Fé. Quanto ao asfalto, informou que, das 110 ruas previstas, já asfaltou 96 artérias.

Site Miséria

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