A distribuição dos recursos para o Nordeste, entre janeiro e setembro de 2008, via Fundo de Participação dos Estados (FPE) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM), cresceu 22,4% e 23%, respectivamente, em comparação ao mesmo período de 2007. Isso indica elevação na arrecadação federal e significa que, pelo menos até setembro, a crise financeira internacional não gerou impactos relevantes na atividade econômica nordestina.
Os dados constam da última edição da revista Conjuntura Econômica, editada pelo Banco do Nordeste, por meio do seu Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene). Os três maiores PIBs regionais, respectivamente, Bahia, Pernambuco e Ceará detêm as participações mais relevantes do FPM, em razão do número de habitantes. Com relação ao FPE a esses três estados associa-se o Maranhão, cuja participação é um pouco maior que a de Pernambuco.
Para o economista Ricardo Vidal, essas transferências continuam cruciais para os estados da região, especialmente os mais pobres. Basta lembrar que o volume recebido do FPE e o FPM supera a arrecadação via ICMS. Em 2007, os dois fundos representavam 103,8% do ICMS arrecadado no Nordeste. No período janeiro-agosto de 2008 equivaliam a 110,24%. Segundo ele, o aumento da relação pode significar que a arrecadação federal está em ritmo mais acelerado que o estadual, conseqüência, por certo, de uma melhor qualificação do sistema arrecadador da União e de maiores vazamentos no âmbito estadual, por conta de incentivos fiscais.
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