quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ELEITOS NO CEARÁ

Os reflexos da expressiva votação de Cid Gomes (PSB) ao Governo do Estado, reeleito ainda em 1º turno com mais 61% dos votos válidos, beneficiaram os ex-secretários e demais auxiliares que saíram da administração para postularem cadeiras à Câmara Federal e Assembleia Legislativa. Não apenas nos resultados, mas nas votações dos vencedores. Para a Assembleia Legislativa, as votações de Camilo Santana (PT), Mauro Filho (PSB) e Ivo Gomes (PSB) representaram quase 20% do que a coligação formada por PRB/PSB/PMDB/PT obteve no pleito disputado domingo passado.

Para a Câmara Federal, outros dois ex-auxiliares durante o primeiro mandato de Cid Gomes, que finda em dezembro, lograram êxito e conseguiram duas das 22 vagas do Ceará naquela Casa, sendo estes João Ananias (PCdoB) e Antônio Balman (PSB). Seja em eleições estaduais ou municipais, é muito comum dirigentes de cargos públicos nas esferas Federal, Estadual e Municipais se candidatarem a cargos proporcionais e vencerem os pleitos.

Realidade

Para deputado estadual, a coligação PRB/PT/PSB/PMDB/PT somou 1.597.792, obtendo 39,26% dos votos válidos somados entre os postulantes à Assembleia Legislativa, elegendo 20 legisladores. Camilo Santana, ex-secretário de Desenvolvimento Agrário, foi o parlamentar mais votado no Estado, com 131.171 (3,22%).

Para Mauro Filho (PSB), tal realidade não é nova. Eleito deputado estadual em 2002, o parlamentar foi convidado para ser secretário de Administração do Governo Lúcio Alcântara (PR, na época filiado ao PSDB), atuando por quase três anos e meio, tendo que se desincompatibilizar, nos primeiros do ano para disputar novo mandato nas eleições de 2006.

Naquele pleito, Mauro Filho foi o sexto mais votado, obtendo 58.684 sufrágios. No início de 2007, Mauro foi chamado por Cid para assumir a pasta da Fazenda. Em abril último, o deputado novamente se desincompatibilizou para nova disputa e ampliou sua votação em relação a de quatro atrás: 113.724, perdendo apenas para Camilo.

Quando reeleito para deputado estadual, Ivo Gomes também foi convocado por Cid, seu irmão, para assumir a chefia do Gabinete do Governador. Assim como Mauro e Santana, Ivo teve que sair a fim de se candidatar e foi o 4º candidato com maior número de sufrágios com 72.796 (1,79%).

Federais e outros exemplos

Ex-secretário de Saúde do Governo Cid Gomes, João Ananias foi eleito em 2006 para deputado estadual, somando pouco mais de 24 mil votos. O comunista passou três anos e meio de seu mandato comandando a referida pasta e se desincompatibilizou para ser candidato a deputado federal.

Neste pleito, Ananias ampliou em mais de 100 mil (128.718 ao todo) a votação ao anterior. Desta forma, contribuiu para que o PCdoB no Ceará, pela primeira vez desde a redemocratização, colocar dois representantes do partido entre os 22 do Estado na Câmara Federal. Já Antônio Balman (PSB), eleito com 88 mil votos, foi presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece).

Da bancada cearense eleita em 3 de outubro, outros dois parlamentares ocuparam cargos públicos, mas no Governo Federal: André Figueiredo (PDT) e Danilo Forte (PMDB). Figueiredo foi secretário executivo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), segundo posto de comando na referida pasta.

O pedetista disputou a terceira eleição para a Câmara dos Deputados, ficando nas primeiras suplências nas duas anteriores. Em 2005, chegou a assumir o mandato em virtude da eleição de Leônidas Cristino para a Prefeitura de Sobral.

Antes de assumir a vaga de Leônidas, André foi secretário de Esporte e Juventude do então governador Lúcio Alcântara. Danilo Forte foi presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

FONTE: DN

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