sábado, 16 de outubro de 2010

O FEITIÇO VIROU CONTRA O FEITICEIRO




Sou evangélico e contra o aborto. Não concordo com o aborto. Fiquei na expectativa quando começaram os boatos contra a candidata Dilma Rousseff que seria a favor do aborto. Depois, vi a movimentação de evangélicos, católicos e intelectuais defendendo as posições de Dilma. Depois, vi a Igreja Católica e seus setores conservadores e alguns líderes evangélicos atacarem Dilma por isso. Espero agora, com a verdade publicada na Folha de São Paulo e dita por ex-alunas de Mônica Serra, esposa de José Serra, que ela Mônica fez um aborto, que esses setores que atacaram Dilma, na minha opinião por preconceito e comodidade política, retirem o voto em José Serra. Todos enviem comunicados à s igrejas e sociedade pedindo para ninguém mais votar em que faz aborto.

Particularmente vou dar uma contribuição à essa atitude. Amanhã, domingo, após o culto em minha igreja vou distribuir esse artigo aos membros de minha igreja explicando a posição de Serra e de sua esposa Mônica. Os evangélicos, muitos acusados de preconceituosos e retrógados, pelo contrário vem dando o exemplo nessas eleições. Nós somos, antes de tudo tolerantes, aceitamos e perdoamos. E aceitamos que as pessoas mudem de posição. Mas não podemos aceitar a institucionalização da mentira, do embuste.

Quem quer ser Presidente da República, como José Serra, não pode mentir em cadeia nacional. Ele mentiu. E agora, todos devem tirar o apoio à candidatura dele.

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, fez de tudo para ir ao segundo turno das eleições presidenciais. Era esse o tempo que os demo-tucanos queriam para com um festival pesado de baixarias na mídia nacional, com apoio da PIG, de setores conservadores da Igreja Católica e de pequenas igrejas evangélicas, disseminar que Dilma Rousseff candidata do PT seria a favor do aborto e que seria até lésbica. Incrível as baixarias feitas pelos demo-tucanos para chegar no segundo turno. Quem merecia estar no segundo turno era Marina Silva, política séria e ética.

Pois bem, o aborto permeou o debate incentivado por jornais, emissoras de televisão, emissoras de rádio e sites. Pois bem, passado o susto do segundo turno, o feitiço vira contra o feiticeiro. Alunas de Mônica Serra, esposa de José Serra, que acusou Dilma de ser a favor de “matar criancinhas” fez um aborto. Nada demais, já que milhões de brasileiras já fizeram um aborto. Mas, para Serra e Mônica que se diziam arautos da moralidade e dos valores cristãos, nada mais parecido com um castigo divino. A Bíblia diz claramente: “nada há escondido que não seja revelado”. Afinal, quem matou criancinhas, então, foi a esposa de Serra, lógico, com aval de Serra que sabia de tudo.

Se Monica guardou o segredo do marido, porque contou para suas alunas na universidade”? A farsa acabou. Serra e Mônica não são contra o aborto e os dois é que podem ter chegado mais perto da expressão “matar criancinhas”. Se Mônica fez esse aborto, como dizem suas ex-alunas então, ela deveria vir a público explicar, pedir desculpas e defender o aborto como prática de saúde pública ou coisa que a valha.

O que não dá é querer ganhar uma eleição na mentira.

No episódio fica claro que mentiram José Serra, o candidato que deveria sempre dizer a verdade, e Mônica Serra, que quer ser a primeira-dama do Pais mentindo para milhões de pessoas.

Mônica Serra fez o aborto e escondeu de todos e da mídia que patrocina seu marido. Agora, a mídia tem que dizer, porque é uma coisa tão absurda, e porque já estourou na internet. Suas ex-alunas confirmam tudo o que ela disse em sala de aula. Mais ainda, as ex-alunas disseram que compartilharam com ela o sofrimento de ter feito um aborto.

Espero agora que os setores conservadores da Igreja Católica e de igrejas evangélica sque julgaram Dilma Rousseff peçam a católicos, evangfélicos e à sociedade que não vote em Serra, que além de ser a favor do aborto, é sim, uma pessoa que tinha conhecimento do aborto de sua esposa e foi cúmplice nesse ato.

Leia abaixo a matéria da Folha de São Paulo que conta a história.Serra, para se presidente da República tem que ser honesto. Ele mostrou que não é. Sua esposa (que quer se primeira-dama) mostrou que não é. Essa é a verdade. A verdade tarda, mas não falha.

Decididamente, os tucanos vão perder a eleição por conta dessa armação. Uma armação contra Dilma Rousseff e uma mentira retumbante contra o povo brasileiro.

Decididamente, o feitiço virou contra o feiticeiro.


DEU NA FOLHA DE S. PAULO

Monica Serra contou ter feito aborto, diz ex-aluna


Reportagem tentou ouvir mulher de candidato tucano por dois dias, sem sucesso
Mônica Bergamo


O discurso do candidato à Presidência José Serra (PSDB) de que é contra o aborto por "valores cristãos", que impedem a interrupção da gravidez em quaisquer circunstâncias, é questionado por ex-alunas de sua mulher, Monica Serra.

Num evento no Rio, há um mês, a psicóloga teria dito a um evangélico, segundo a Agência Estado, que a candidata Dilma Rousseff (PT), que já defendeu a descriminalização do aborto, é a favor de "matar criancinhas".
Segundo relato feito à Folha por ex-alunas de Monica no curso de dança da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a então professora lhes contou em uma aula, em 1992, que fez um aborto quando estava no exílio com o marido.
Depois do golpe militar no Brasil, Serra se mudou para o Chile, onde conheceu a mulher. Em 1973, com o golpe que levou Augusto Pinochet ao poder, o casal se mudou para os Estados Unidos.
A Folha tentou falar com Monica Serra durante dois dias para comentar o relato das ex-alunas, sem sucesso.
Um dia depois do debate da TV Bandeirantes, no domingo, 10, a bailarina Sheila Canevacci Ribeiro, 37, postou uma mensagem em seu Facebook para "deixar a minha indignação pelo posicionamento escorregadio de José Serra" em relação ao tema.
Ela escreveu que Serra não respeitava "tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. Sim, Monica Serra já fez um aborto". A mensagem foi replicada em outras páginas do site e em blogs.
"Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o seu aborto traumático", escreveu Sheila no Facebook. "Devemos prender Monica Serra caso seu marido fosse [sic] eleito presidente?"
À Folha a bailarina diz que "confirma cem por cento" tudo o que escreveu. Sheila afirma que não é filiada a partido político. Diz ter votado em Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) no primeiro turno. No segundo, estará no Líbano, onde participará de performance de arte.
Se estivesse no Brasil, optaria por Dilma Rousseff (PT). Sheila é filha da socióloga Majô Ribeiro, que foi aluna de mestrado na USP de Eva Blay, suplente de Fernando Henrique Cardoso no Senado em 1993. Majô foi pesquisadora do Núcleo de Estudos da Mulher e Relações Sociais de Gênero da USP, fundado pela primeira-dama Ruth Cardoso (1930-2008).
Militante feminista, Majô foi candidata derrotada a vereadora e a vice-prefeita em Osasco pelo PSDB.

A socióloga disse à Folha estar "preocupada" com a filha, mas afirma que a criou para "ser uma mulher livre" e que ela "agiu como cidadã".
Sheila é casada com o antropólogo italiano Massimo Canevacci, que foi professor de antropologia cultural na Universidade La Sapienza, em Roma, e hoje dirige pesquisas no Brasil.
A Folha localizou uma colega de classe de Sheila pelo Facebook. Professora de dança em Brasília, ela concordou em falar sob a condição de anonimato.
Contou que, nas aulas, as alunas se sentavam em círculos, criando uma situação de intimidade. Enquanto fazia gestos de dança, Monica explicava como marcas e traumas da vida alteram movimentos do corpo e se refletem na vida cotidiana.
Segundo a ex-estudante, as pessoas compartilhavam suas histórias, algo comum em uma aula de psicologia.
Nesse contexto, afirmou, Monica compartilhou sua história com o grupo de alunas. Disse ter feito o aborto por causa da ditadura.
Ainda de acordo com a ex-aluna, Monica disse que o futuro dela e do marido, José Serra, era muito incerto.
Quando engravidou, teria relatado Monica à então aluna, o casal se viu numa situação muito vulnerável.
"Ela não confessou. Ela contou", diz Sheila Canevacci. "Não sou uma pessoa denunciando coisas. Mas [ela é] uma pessoa pública, que fala em público que é contra o aborto, é errado. Ela tem uma responsabilidade ética."

Confiram o texto da Folha no endereço:
http://oglobo.globo.com//pais/noblat/post.asp?cod_post=333126
ou no blog do Noblat

Um comentário:

Maria Luiza disse...

Isto realmente é assustador e grave pela grandiosidade da mentira deslavada que Serra e Mônica disseram.