O Ceará foi o quarto Estado do Brasil que menos investiu em Segurança Pública em 2010. A sua aplicação na área, com financiamento próprio, foi de 6%, ficando atrás apenas do Distrito Federal, com 2,3% de gastos; São Paulo, que investiu 5,5%; e Piauí com 5,2%. Isso porque a área da Defesa Civil sofreu uma queda de 42,64% de investimentos, que passaram de R$ 77 milhões para R$ 44 milhões, entre 2009 e 2010. Os dados são da quinta edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2011, divulgado na quarta-feira, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Sobre o menor investimento do Ceará em Segurança Pública, a coordenadora científica do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (LEV), Jânia Perla Aquino, explica que a aplicação de recursos é algo que demanda tempo para que os resultados apareçam. Mas acrescenta que os baixos investimentos podem refletir nos elevados índices de homicídios, por exemplo, que cresceram 20,7% no Estado, entre 2009 e 2010.
Para ela, o emprego de verba em Segurança Pública é necessário, mas é preciso ter planejamento e que as aplicações sejam associadas a políticas públicas de segurança e assistência social. “É preciso investir não só em equipamentos, mas na qualidade do serviço. Isso refletiria na queda dos índices de homicídios”, atenta.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Ceará (SSPDS) informou que o atual secretário assumiu a pasta este ano e não pode responder por valores investidos em 2010.
Outro dado do Anuário que chama a atenção é o aumento do número de adolescentes em conflito com a lei inseridos no sistema de medidas privativas de liberdade. O Ceará é o quarto em quantidade de casos, ficando atrás apenas de São Paulo, Paraná e Pernambuco. No Estado, entre 2007 e 2010, houve um crescimento de 171 casos, passando de 903 para 1.074.
fonte: DN
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