m sua última oportunidade de defender a culpa de 36 dos 38 réus do mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou ontem que o suposto esquema de compra de apoio ao governo Lula funcionava "entre quatro paredes de um palácio presidencial" e pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) ordene a prisão dos eventuais condenados imediatamente após a decisão.
"Quando falo de quatro paredes, falo das paredes da Casa Civil, de algo que transcorria dentro do palácio da Presidência da República", disse Gurgel no segundo dia de julgamento.
O chefe do Ministério Público Federal, que disse ter sofrido "ataques grosseiros" após entregar suas alegações finais, em referência às críticas por sua atuação no caso Cachoeira, pediu que o STF estabeleça um "paradigma histórico" com a condenação. E encerrou citando uma composição de Chico Buarque ("Vai Passar"): "Dormia a nossa pátria mãe tão distraída/ sem perceber que era subtraída/ em tenebrosas transações".
DN
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