terça-feira, 21 de agosto de 2012

Aeroporto de Juazeiro do Norte pode ser privatizado


A participação da iniciativa privada na exploração do setor aeroportuário a partir de agora deve se concentrar em aeroportos menores, com movimento de 400 mil a 1 milhão de passageiros ao ano. O Governo Dilma pretende privatizar 15 aeroportos de médio porte, entre eles o de Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, em Juazeiro do Norte (CE), segundo apurou o jornal Folha de São Paulo.

O plano deve seguir o modelo de Parcerias Público Privadas (PPPs) para os aeroportos de médio porte. Serão deixados de lado os maiores, por causa da insatisfação da presidente Dilma Rousseff com a primeira rodada de concessões, que envolveu os aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília.

A Infraero possui aproximadamente 15 aeroportos que recebem de 400 mil a 1 milhão de passageiros/ano. Entre eles, Londrina, Uberlândia, Petrolina e Palmas. A maioria não dá lucro. No Nordeste, além do de Juazeiro do Norte, há o de Teresina (PI), Aracaju (SE), Petrolina e Ilhéus (BA).

Pelo modelo em estudo, o governo seguirá bancando o deficit desses aeroportos. Porém, com a gestão privada, a expectativa é conseguir reduzir gradualmente o prejuízo.

Apesar da pressão do governador Sérgio Cabral, a Folha apurou que Dilma está decidida a não abrir mão do controle do aeroporto internacional do Rio (Galeão).

A avaliação é que o País já perdeu o controle da sua principal porta de entrada (Guarulhos) e, por uma questão estratégica, não pode abrir mão da segunda.

Modernização de aeroportos

Governo e iniciativa privada dividiriam os investimentos necessários para modernizar os aeroportos.

Como a Folha revelou há duas semanas, o governo estuda ainda a criação da Infrapar, empresa de participações da Infraero, para gerir os aeroportos em parceria com operadores estrangeiros de renome.

Esse modelo, no qual o governo permanece com pelo menos 51% das ações, está sendo estudado para aeroportos maiores, como Confins (MG) e o próprio Galeão.

A presidente Dilma não esconde seu descontentamento com o resultado do primeiro leilão de concessão, cujas regras foram elaborada pela Secretaria de Aviação Civil (SAC) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). As informações são do jornal Folha de São Paulo.

Redação O POVO Online

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