sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Zagueiro Brito brilhou na Copa de 1970




Para alguns, Hércules Brito Ruas, o Brito, destoava no time de estrelas da seleção brasileira vencedor na Copa do Mundo de 70, no México. Mas Brito era um zagueiro que não brincava em serviço, jogava sempre sério e compensava a limitação técnico com muita garra.

"Muita gente falava do Brito, da zaga improvisava, do Félix no gol. Mas ninguém se lembra das partidas da Copa de 70. O pessoal lá trás era importante para o Pelé, Tostão, Rivelino, Jairzinho e Gérson desequilibrarem na frente", comenta o ex-goleiro Félix.

Nascido no dia 9 de agosto de 1939, no Rio de Janeiro (RJ), Brito, que está aposentado, mora na Ilha do Governador, de onde nunca saiu. Além de ter formado a zaga campeã de 70, ao lado do cruzeirense Piazza (que era volante), na seleção brasileira, Brito atuou nos seguintes times: Internacional de Porto Alegre (1958), Vasco da Gama (de 1959 a 1969), Flamengo (de 1969 a 1970), Cruzeiro (1970, emprestado pelo Flamengo), Botafogo (de 1971 a 1973), Corinthians (1974).

Irmão do ex-lateral-esquerdo Décio Brito Ruas, do Santos e do Madureira (falecido nos Estados Unidos em 25 de novembro de 2006), teve em Fontana o seu "irmão de zaga".

Defendeu o Corinthians em 29 jogos (12 vitórias, 7 empates, 10 derrotas), não marcou nenhum gol a favor e ainda fez um gol contra.

Com a camisa do Vasco, clube que defendeu por mais tempo, Brito foi campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1966. Pelo Corinthians, em 74, o zagueiro por pouco não entra para a lista de heróis do clube, à época na fila desde 1954. Brito fez parte da equipe vice-campeã paulista. O vencedor naquele ano foi o Palmeiras, que com gol do atacante Ronaldo derrotou o time do Parque São Jorge por 1 a 0, no Morumbi.

Pelo Cruzeiro, protagonizou um episódio bastante relatado à época: Jogando pelo Cruzeiro, em 1970, contra o Flamengo, de onde saíra por ter se desentendido com o técnico Yustrich, quando deixou o gramado do Mineirão, Brito passou pelo túnel rubro-negro, tirou sua camisa e jogou na cara de Yustrich.

O querido Brito também defendeu o Atlético Paranaense em 1975, é pai de um filho e três netos e trabalha com outros ex-jogadores (Pinheiro e Roberto Miranda) no funcionalismo público estadual do Rio de Janeiro, em um projeto que visa a comercialização de remédios a preços mais baratos para população de baixa renda.

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