Esteve recentemente em Juazeiro do Norte, o técnico da Central de Artesanato do Ceará (CEART), Flávio Sampaio, iniciando o trabalho de cadastramento de artesãos do Cariri no Programa Nacional de Artesanato.
"Estamos começando pelos artesãos. Acredito que no Cariri deveremos cadastrar uma média de 60 mil artesãos. No Ceará deveremos atingir 120 ou 130 mil , e no Brasil, chegaremos a 800 mil artesãos” avalia Sampaio.
O objetivo do programa é fazer com que o artesão tenha mais oportunidades de comercializar seus produtos, sem a presença do atravessador. O cadastro será disponibilizado na internet, para entidades, empresas e pesquisadores. Já foram cadastrados em torno de 70 mil artesãos cadastrados no Estado do Ceará.
Flávio Sampaio informou que não existe uma área específica de artesanato. "Todo e qualquer tipo de artesanato será catalogado. Os interessados entrarão no site do Ministério da Indústria e Comércio Exterior, possibilitando o atendimento até mesmo em feiras e exposições internacionais, com empresas de outros países tendo acesso direto ao artesão”, disse.
Para o xilógrafo e cordelista Abrahão Batista, o artesão é um eterno sonhador "Eu estou sonhando com melhores momentos, depois que as ações advindas desse cadastro nacional forem colocadas em prática, principalmente, nos colocando em contato com o resto do mundo através da internet, para comercializarmos todo aquilo que produzimos", disse.
Segundo Abrahão Batista, atualmente está havendo mais oportunidades para os artesãos participarem de eventos em diferentes regiões do País. "A Associação dos Artesãos do Padre Cícero, tem participado de feiras na Holanda, França, Alemanha, Estados Unidos e outros países”. Uma dificuldade apontada pelo artesão são os custos altos para participar de uma feira.
Na vinda de Flávio Sampaio ao Cariri, ele teve um encontro com os artesãos locais. Na oportunidade, discutiram as principais dificuldades encontradas na profissão.
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