É exatamente nas relações de consumo, onde as pessoas projetam o seu ego. Podemos citar como exemplo: os gostos, as simpatias, as antipatias, os descontentamentos, as aversões ou projeções da moda, escolhas das cores dos produtos, as preferências sobre determinadas alimentações, às afinidades sentimentais sobre determinados produtos e serviços e demais relacionamentos no que tange a produtos de consumo e serviços.
A sociedade em que vivemos é uma sociedade precisamente de consumo, isto é, tudo que alguém tem ou possua é de consumo, ou passa pelo desejo, pela ansiedade ou até pela cobiça das outras pessoas. Vive-se eternamente em comparação com as outras pessoas; ou valorizando-as ou desvalorizando-as, em face dos acessos sociais que galgam ou conseguem galgar no mercado de consumo na sociedade a que pertencemos.
É uma tendência natural de nos comportar de acordo com os nossos ambientes sociais. Às vezes querendo sempre maiores e melhores acesos aos bens e serviços. Quando reduzimos os acessos, logo, somos interpretados como regressão social. Fulano de tal está empobrecendo e assim, por diante. O desejo de consumo sempre fala mais alto, do que nosso desejo interno.
Aprendemos desde criança a disputar as posses e os domínios das coisas e procuramos aumentar os desfrutes dos serviços que possamos alcançar. Tudo isto, em razão dos nossos instintos de sobrevivência, dos nossos desejos de conforto e comodidade e das nossas buscas de melhores e maiores condições de vida. Temos exemplos de muitas pessoas passarem toda sua existência poupando recursos por vários anos, com a finalidade e na expectativa de poder um dia no futuro, desfrutar um certo produto ou de desfrutar de um certo serviço. Não resta dúvida, de que a economia é movida pelas necessidades humanas.
Os consumidores projetam as suas necessidades de consumo nas suas adesões aos produtos e às marcas, nos desejos de satisfação das suas necessidades e expectativas e nos desejos de economicidade.
Como consumidores, agimos frente às ofertas e à mídia, que recebemos com maior ou menor intensidade. Projetamos nossas ansiedades, em razão dos nossos desejos e das nossas capacidades e absorver e adquirir os bens e serviços.
É claro que todas as nossas tensões sociais, familiares ou grupais são imediatamente refletidas nas relações de consumo. Aquele que esteja de bom humor, projeta-o imediatamente no primeiro comerciante ou no primeiro fornecedor de serviço que encontre.O mesmo acontece, quando estamos de mau humor. Descarregamos as baterias. Todos atos do consumidor são projetados pelas suas experiências e vivências.
Mário Correia de Oliveira Júnior. Advogado/Professor, Pós-Graduado em Direito Privado pela Universidade Estadual do Ceará – UECE e Pós-Graduando em Docência do Ensino Superior-Faculdade Leão Sampaio-FLS..
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