O assunto de maior preocupação e atenção do momento, a crise econômica global, não deve impactar em redução de postos de trabalho em um dos setores industriais de maior peso do Ceará: a indústria de calçados. As palavras que expressam a tranqüilidade vieram de um dos representantes do setor: “Nesse último trimestre não vamos ter desemprego. Mas o setor deve se manter estável em 2008, interrompendo o nível de crescimento que vinha apresentando em anos anteriores”, ressalta o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados e Vestuário de Juazeiro do Norte (Sindindústria), Antônio Mendonça. No entanto, segundo ele, as contratações temporárias para as festas de fim de ano devem trazer receio aos empresários.
Em agosto — antes da bolha financeira estourar — a taxa de ocupação assalariada na indústria do Estado tinha crescido 2,74%, em relação a igual mês de 2007 — o segundo melhor resultado no Ceará, dentre os setores estudados pela Pesquisa Mensal do Emprego e Salário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de oito meses o indicador teve 1,72% de alta.
Todavia, em âmbito nacional, já não se pode ter as mesmas perspectivas de atravessar o momento delicado atual esbanjando números positivos. O setor brasileiro inicia a trajetória de fim de ano com sérias preocupações.
Diário do Nordeste
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