terça-feira, 2 de dezembro de 2008

CAJU PLANTADO PLANTADO EM PARAMBU MOVIMENTA ECONOMIA LOCAL



Localizado na Macrorregião dos Inhamuns, o município de Parambu investe na cajucultura. Em uma área de 2.500 hectares em plena serra, os produtores, organizados em associações, estão participando de cursos de capacitação dentro do Programa de Agricultura Familiar e trabalham a tecnologia do cultivo do caju anão precoce. Os pequenos produtores têm apoio técnico da Empresa de Assistência Técnica (Ematerce) e, recentemente, receberam 21.000 mudas da planta. Há entusiasmo entre os cajucultores que apostam na atividade para garantir uma renda mensal e melhorar as condições de vida.

O presidente da Associação dos Produtores de Caju e Mandioca da Serra da Ibiapaba, José Reginaldo da Silva, disse, ao conversar com a reportagem do JC, que ''a maior parte de toda a área que há na serra é ocupada exclusivamente com a cultura do caju. Recebemos o apoio da Ematerce e da Secretaria de Agricultura do Município, o que nos possibilita inserir o nosso produto na cadeia de produção e exportação''. Reginaldo afirma que é crescente o interesse dos produtores para ampliar a área plantada, mas, nesse momento, falta mais apoio do poder público na abertura de novos mercados de consumo.

''Somos um dos maiores produtores do estado e não podemos ficar restritos ao mercado local e regional. Queremos, além de já atingirmos o Estado do Piauí e a cidade de Fortaleza, irmos mostrar o caju em outros estados, bem como melhorar o preço do nosso produto'', expôs Reginaldo, ao afirmar que as condições atuais de produção e comercialização geram prejuízos aos produtores.

Segundo Reginaldo da Silva, a torta do caju chega a custar entre R$ 0,70 centavos a R$ 1,00 real, o que é insuficiente para cobrir os custos e proporcionar lucro a quem vive dessa atividade. ''É necessário trabalharmos o aspecto de melhor agregação do produto a um melhor valor. Queremos ampliar a área plantada e conquistarmos o selo de qualidade'', afirma, em tomo de otimismo, o presidente da Associação dos Produtores de Caju e Mandioca da Serra da Ibiapaba, no Município de Parambu.
Os números sobre a geração de empregos deixam um cenário de satisfação entre os produtores de caju. A atividade gera hoje, pelo menos, 500 empregos diretos e indiretos. Toda a produção tem destino certo: as indústrias do Estado de Piauí e de Fortaleza, onde são aproveitadas a polpa do caju e a castanha. Os produtores decidiram, também, diversificar os itens da cadeia produtiva para atrair mais consumidores. E, hoje, estão fabricando rapadura do caju, cajuína, torta, carne e doce.

O Secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Parambu, Paulo Siqueira Tenório, destaca que, em parceria com a Ematerce, os produtores recebem, além das mudas do caju, o adubo dentro do processo de assistência técnica para melhorar a produtividade no campo. ''É uma cultura economicamente viável, que gera empregos e renda em uma área carente de oportunidade de trabalho. Estamos apoiando a produção de caju para os agricultores não dependerem apenas da agricultura de sequeiro. Queremos ampliar a área plantada, aumentar a produtividade e garantir mais empregos para a população'', comemora o prefeito de Parambu, Genecias Noronha (PMDB), que, na semana passada, esteve em Brasília na luta para conseguir mais obras e recursos para o Município. (Amaury Alencar, enviado a Parambu)

Jornal do Cariri

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