Um grupo de produtores rurais sediado no Condomínio Tanquinho, na Zona Rural de Mauriti, vem mudando a paisagem local e suas vidas com o plantio da goiaba. Os agricultores resolveram, há dois anos, trocar a agricultura de sequeiro pela fruticultura irrigada. A idéia surgiu a partir do trabalho de técnicos da Empresa de Assistência e Extensão Rural do Estado do Ceará (Ematerce) e da conscientização dos próprios produtores.
O condomínio abrange, hoje, 13 famílias, com trabalho em regime de associativismo, onde todos os custos e receitas são de responsabilidade do grupo.Os lucros e despesas são divididos. A rentabilidade mostra que a decisão de aderir à fruticultura irrigada foi correta.
O produtor Abílio Gomes do Nascimento afirma que o trabalho na fruticultura irrigada “serviu para que todos pudéssemos despertar para termos uma vida melhor. Antes, não conseguíamos produzir o suficiente para manter o sustento de nossas famílias, agora, essa situação mudou,” avalia, aliviado.
A produção anual da goiaba é de 50 toneladas, em duas safras ao ano, de 25 toneladas, gerando uma receita anual de R$ 35 mil. O plantio de goiaba foi iniciado em 2006, com financiamento do Programa Nacional da Agricultura familiar (Pronaf) através do Banco do Nordeste do Brasil.
O financiamento teve um prazo de oito anos e, atualmente, cada família tem uma renda mensal de R$ 900,00. A produção de goiaba ocupa uma área de 10 hectares e gera, pelo menos, 39 empregos diretos. Parte da produção se destina ao mercado da Região do Cariri e o Estado da Paraíba. “O que mais nos conforta é que toda a produção é vendida diretamente para o mercado regional, sem atravessadores”, comemora Abílio Gomes. A goiaba produzida no condomínio é a Paloma, que tem sua origem em São Paulo, e que conseguiu ser bem adaptada ao clima de Mauriti.
O gerente regional da Ematerce no Cariri Leste, José Dias Ferreira, acrescentou que esse tipo de cultura tem se aperfeiçoado na região, principalmente, devido aos terrenos férteis do Cariri. Além disso, a Ematerce vem introduzindo novas tecnologias e acompanhado os condomínios em seu desenvolvimento, contribuindo na qualidade do processo de comercialização e exportação do fruto. (Colaboração de Amaury Alencar).
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