O maior ícone da música nordestina, e um dos maiores ídolos do Brasil, Luiz Gonzaga além de deixar saudades e um acervo musical riquíssimo, deixou muitos discípulos. Pessoas que dedicam a vida a cantar e preservar o som do rei do baião.
O cantor e compositor paraibano José Marque Neto, o Zé de Benona, é um deles. Com 40 anos de carreira, 63 de idade e um amor antigo pelo rei da sanfona. Fã incondicional do Gonzagão, Zé é um autêntico seguidor do ídolo. “O trabalho de Luiz Gonzaga despertou o meu e tento seguir os passos do rei da minha maneira” ressalta.
Em 1978 ganhou um presente de ninguém menos do que Luiz Gonzaga. O cantor diz que ele ouviu seu trabalho e achou justo presenteá-lo: “tive a felicidade de encontrar com Gonzagão e ele ouviu meu trabalho, gostou, achou que eu merecia e me deu uma sanfona de presente que eu tenho até hoje. Ele passou aqui no Juazeiro para inauguração da Rádio Cultura em Várzea Alegre e me agraciou com este instrumento.” Mas para ele, o maior presente foi a visita do ídolo a sua casa. “Ainda tive a felicidade de recebê-lo na minha casa por quatro vezes e eu não esqueço nunca mais na minha vida”, afirma.
Zé de Benona escolheu Juazeiro do Norte para viver, mas acredita que para sobreviver de música o artista deve fugir do Nordeste. “Tem que fazer o que Luiz Gonzaga fez. Foi embora pro Rio de Janeiro. A gente fica por aqui porque a gente gosta do Cariri, gosta de roer pequi”, brincou. Para o artista, a música do rei é completa: “Coisas boas, sofrimentos, alegrias, e tudo que existe de bom no Nordeste está presente na música de Luiz Gonzaga”, afirma. “Ele representa o Brasil. Ele é uma árvore que não morre nunca. O rei do Baião é eterno”. Junto com a banda Forrozão Asa Branca gravou o primeiro CD, “Saudades do Gonzagão” em 2002. São 13 faixas de puro xote e o próximo, segundo ele, será lançado em junho deste ano.
Jornal do Cariri
Nenhum comentário:
Postar um comentário