Nome francês, sobrenome brasileiríssimo, o vendedor de livros Voltaire Sousa Brasil, tem alma de artista. Há pouco mais de um ano começou a esculpir madeiras e produzir arte. Ele tem 59 anos e veio de Fortaleza para o Cariri onde encontrou inspiração e possibilidades.
Voltaire diz que o interesse pela arte na madeira sempre foi muito vivo dentro dele, mas que por falta de oportunidades começou um pouco tarde a colocar em prática o desejo, e depois que começou, não parou mais. São belezas que surgem naturalmente, às vezes, sem nenhuma pretensão. “Eu sou tocado pela vontade de fazer. Quando pego a matéria bruta, muitas vezes não me vem nada na cabeça e eu começo a iniciar o trabalho e a coisa vai fluindo” conta Voltaire.
Ele diz ainda que a arte está presente em sua vida nas “horas vagas”, mas são horas preciosas. “Faço algumas pinturas, cerâmicas e assim vou levando. Mas meu foco mesmo é a madeira. Quando não estou vendendo livro estou tentando colocar em prática um pensamento”.
Para Voltaire ainda é preciso muito trabalho para se tornar um grande artista. “Ainda preciso fazer muita coisa, estou apenas no começo, mas a arte é infinita”, admite. Além da realização pessoal todo artista quer o reconhecimento das pessoas, e pensando nisso, os planos de Voltaire é a organização, em breve, de uma exposição para que seu trabalho seja visto por todos. “Estou ainda organizando a idéia da exposição. Preciso articular algumas coisas, batizar algumas peças que ainda não tem nome, enfim, mas vai sair”.
JOrnal do Cariri
Nenhum comentário:
Postar um comentário