A bancada cearense está pressionando o governo federal por ações
emergenciais de combate à estiagem. Para discutir o assunto, uma reunião
aconteceu ontem em Brasília entre parlamentares do Ceará e
representantes do governo Dilma Rousseff, como a ministra das Relações
Institucionais, Ideli Salvatti, o ministro da Integração Nacional,
Fernando Bezerra, e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
O
descontentamento com as ações do governo federal contra a seca no
Nordeste aumentou muito nos últimos dias. As críticas vêm, inclusive, de
deputados do próprio partido da presidente, como o vice-líder do
Governo na Câmara, o deputado cearense José Guimarães.
Na
reunião, três propostas foram apresentadas: destinação de recursos
diretamente aos municípios sem passar por secretarias estaduais,
logística que garanta a distribuição de milho para alimentação animal e
canalização da água de grandes reservatórios para cidades
desabastecidas.
Com o recurso sendo administrado pelas
prefeituras, um mecanismo de fiscalização deve ser criado para monitorar
como o dinheiro será gasto. A ideia é atrair o Tribunal de Contas da
União (TCU) para dar mais agilidade e transparência.
O milho,
que ainda passa por problemas na distribuição, começaria a ser, segundo a
proposta, entregue também através de aviões da Força Aérea Brasileira
(FAB), o que facilitaria a chegada do alimento. Entidades de pecuaristas
estimam que o Ceará recebeu cerca de 10 mil toneladas de milho ao longo
de todo o ano passado em média, quando a necessidade seria de 30 mil
toneladas ao mês.
Além disso, na iminência de colapso de água
em pelo menos 38 municípios do Estado, o próprio abastecimento de
carros-pipa poderia acabar prejudicado. A canalização e bombeamento
emergenciais para cidades na região de grandes reservatórios diminuiriam
a dependência dos carros-pipa.
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