sábado, 30 de março de 2013

FALTANDO SEMENTES

Se quiserem plantar, agricultores de Quixadá, no Sertão Central, terão de encontrar outro meio de encontrar sementes que não através da distribuição Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) do Governo do Estado.

Sementes de milho e feijão, as culturas mais comuns do Ceará, distribuídas pela Secretaria, chegaram em fevereiro e desde então nunca mais houve nova remessa, segundo informa o subsecretário de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural do município, Rivaldo Leite.

Segundo ele, a quantidade também foi insuficiente. “Só deu para um dia”, diz. Cada agricultor teve direito a 10 quilos. “Eles poderiam ter distribuído menos por agricultor, por exemplo, só cinco quilos, porque mais gente se beneficiava. E, depois, quando chegasse mais, distribuía de novo”, opina.

Para muitos trabalhadores, a solução foi plantar o “caroço”. Diferente da semente oferecida pelo Estado, que atravessa processo de seleção e triagem no intuito de garantir a colheita, o caroço comum, comprado para consumo, é jogado no solo sem a certeza de que irá vingar.

Além disso, em comparação com as sementes, bem mais caroços são necessários para o mesmo terreno. Mesmo assim, alguns agricultores estão voltando a plantar depois das chuvas dos últimos dias. A paisagem, inclusive, apresenta sinais de melhora - com cenário da chamada seca verde.

fonte: jornal O Povo 

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