Se quiserem plantar, agricultores de Quixadá, no Sertão Central,
terão de encontrar outro meio de encontrar sementes que não através da
distribuição Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) do Governo do
Estado.
Sementes de milho e feijão, as culturas mais comuns do
Ceará, distribuídas pela Secretaria, chegaram em fevereiro e desde
então nunca mais houve nova remessa, segundo informa o subsecretário de
Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural do município, Rivaldo
Leite.
Segundo ele, a quantidade também foi insuficiente. “Só
deu para um dia”, diz. Cada agricultor teve direito a 10 quilos. “Eles
poderiam ter distribuído menos por agricultor, por exemplo, só cinco
quilos, porque mais gente se beneficiava. E, depois, quando chegasse
mais, distribuía de novo”, opina.
Para muitos trabalhadores, a
solução foi plantar o “caroço”. Diferente da semente oferecida pelo
Estado, que atravessa processo de seleção e triagem no intuito de
garantir a colheita, o caroço comum, comprado para consumo, é jogado no
solo sem a certeza de que irá vingar.
Além disso, em
comparação com as sementes, bem mais caroços são necessários para o
mesmo terreno. Mesmo assim, alguns agricultores estão voltando a plantar
depois das chuvas dos últimos dias. A paisagem, inclusive, apresenta
sinais de melhora - com cenário da chamada seca verde.
fonte: jornal O Povo
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