Mauro Borges Teixeira, que foi governador de Goiás de 1961 a 1964,
morreu ontem aos 93 anos em Goiânia. Ele apoiou o golpe militar de 1964,
mas mesmo assim foi cassado. Borges estava internado havia 15 dias no
hospital Anis Rassi por causa de pneumonia.
Nascido em 1920 na cidade de Rio Verde, Borges era filho de Pedro Ludovico Teixeira, que governou Goiás entre 1930 e 1950.
Borges
começou a sua carreira em 1938 na Escola Militar do Realengo, no Rio de
Janeiro. No Exército, chegou ao posto de tenente-coronel.
Em
1958, foi eleito deputado federal. Três anos depois, Borges conquistou
pelo antigo PSD o governo de Goiás. No primeiro ano de mandato,
participou ativamente da Campanha da Legalidade, revolta liderada pelo
então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, para garantir a
posse de João Goulart na Presidência da República após a renúncia de
Jânio Quadros.
Em 1964, apoiou o golpe militar. Porém, foi
tirado do poder em novembro daquele ano pelo regime cuja ascensão
apoiara. Dois anos depois, foi cassado e preso pelos militares durante
uma semana.
Com a lei da anistia, foi novamente candidato e em
1982 foi eleito senador pelo PMDB. Quatro anos depois, disputou o
governo, mas perdeu a eleição para Henrique Santillo. Borges ainda foi
eleito deputado federal em 1990.
O corpo do ex-governador foi
velado no Palácio das Esmeraldas e sepultado no cemitério Jardim das
Palmeiras. O governador Marconi Perillo (PSDB) decretou luto de sete
dias. (da Folhapress)
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