Professores
da rede pública deste município estão em greve, por tempo indeterminado, desde
a manhã de ontem (24). O movimento paredista foi decidido durante assembleia
realizada na última quinta-feira (19), que contou com a presença de cerca de 80
professores afiliados ao sindicato que representa a categoria no município.
Os grevistas reivindicam a aplicação do reajuste concedido pelo
Governo Federal no índice de 13,01% do Piso Nacional do Magistério, bem como a
liberação dos pagamentos referentes ao adicional por tempo de serviço
(anuênios), pagamento das referências constantes no Plano de Cargos, Carreira e
Salários do Magistério (PCCS) e do adicional de hora/aula para o profissional
polivalente, retirado desde o ano passado pelo Município, dentre outras
demandas.
Conforme o Sindicato dos Professores do Município de Barro, o
movimento já atinge cerca de 80% da categoria, formada por cerca de 230
professores efetivos. Em todo o Município, o número de alunos prejudicados pela
paralisação dos docentes é de cerca de 3 mil estudantes. Tanto os professores
que atuam na sede do município, como os que estão lotados em escolas
localizadas na zona rural aderiram à paralisação.
Segundo a presidente do Sindicato, professora Paula Bezerra, a
categoria tenta, desde o início do ano, dialogar com a gestão local sobre a
necessidade de atendimento às demandas apresentadas. No entanto, mesmo havendo
canal de diálogo entre os manifestantes e a Prefeitura, a demora na adoção de
medidas por parte do Executivo local tem gerado insatisfação junto aos
docentes. "Nós buscamos o diálogo e, na maioria das vezes, as conversações
acontecem sem maiores dificuldades. Porém, como há muita demora na apreciação
das reivindicações da categoria, os professores decidiram deflagrar o movimento
até que a Prefeitura se manifeste", explicou a presidente.
A professora afirmou que o percentual de reajuste anunciado pelo
Governo Federal ainda não foi aplicado no Município. "Não houve percentual
algum de reajuste, muito pelo contrário. Alguns benefícios recebidos pelos
professores acabaram sendo retirados. Nenhum professor aceita que isso continue
acontecendo. A greve está sendo realizada por conta de situações criadas pela
administração do município", advertiu Paula Bezerra.
Ela também ressaltou que os professores estão insatisfeitos pelo
fato de o gestor do município conhecer a realidade da categoria por também ser
docente.
A reportagem tentou, por telefone, ouvir a secretária de Educação
do Município, Lígia Simone Tavares. As ligações feitas para o celular da
secretária, porém, não foram atendidas. Também foram realizadas ligações para o
número celular do prefeito de Barro, Neneca Tavares. O aparelho, no entanto,
estava desligado ou fora da área de cobertura.
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