As bancadas do PSDB e do PPS na Câmara dos Deputados anunciaram ontem que vão abrir mão do novo benefício aprovado pelo comando da Casa que permite que cônjuges dos deputados ganhem passagem aérea para Brasília.
O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), afirmou ainda que deve entrar com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a regalia. Os dois partidos reúnem 64 deputados - sendo 54 tucanos e dez do PPS. A autorização para o uso de bilhetes do Estado de origem para a capital federal para mulheres e maridos dos parlamentares foi aprovada na quarta-feira (25) pela cúpula da Câmara, dentro de um pacote de reajuste para benefícios dos deputados. O impacto anual nos cofres da Casa será de R$ 150,3 milhões.
Para o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), e para a terceira secretária da Casa, deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), o pagamento de passagens aéreas para esposas e maridos de parlamentares está na contramão do que a sociedade espera de seus representantes no Congresso. O benefício foi aprovado pela Mesa Diretora da Câmara, com o voto contrário da deputada, representando a opinião da sigla.
De acordo com líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), também disse que seu partido não utilizaria o benefício. "Isso está errado. Não vai na linha de austeridade (defendida no País atualmente)", disse Alencar, que ainda requereu ao presidente da Casa que questões como essas fossem discutidas no colégio de líderes, onde há participação de todos os partidos, e não nas reuniões da Mesa Diretora, da qual apenas a cúpula da Câmara participa.
Segundo o líder do PSDB, os deputados tucanos não usarão esses recursos. "O PSDB não fará parte dessa vergonha, também em respeito aos próprios cônjuges de seus parlamentares", afirmou Sampaio
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