sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

O cinismo de Neguinho da Beija-flor e a impunidade

Em meio à polêmica sobre o suposto patrocínio da Guiné Equatorial, Neguinho da Beija-flor, intérprete da escola campeã do Carnaval do Rio, afirmou nesta quinta-feira (19) que o ‘dinheiro sujo’ foi responsável por transformar o evento no ‘maior espetáculo do planeta’.
“Se não fosse a contravenção meter a mão no bolso, organizar, ainda estaria naquele negócio de armar e desarmar, arquibancada caindo, desfile terminando às 14h. Cada escola desfilando 2 ou 3 horas, a hora que quer. Se temos hoje o maior espetáculo do planeta, agradeça à contravenção”, afirmou ele em entrevista à Radio Gaúcha.
A escola fez uma homenagem ao país que vive uma ditadura há 35 anos. “A Beija-flor foi muito feliz no tema, na minha concepção. Falou da importância do negro na nossa cultura. E a beleza de um país negro desenvolvido. Com ditador, sem ditador, a Guiné Equatorial é um país que está prosperando”, disse. (fonte: Brasil 247)

UM BREVE COMENTÁRIO
O cinismo de neguinho da Beija-flor mostra que a contravenção no Brasil é algo que há muito tempo vem sendo saudado como algo positivo por  autoridades, e pessoas ditas ilustres. O Carnaval do Rio é o centro dessa contravenção, bandidagem e fica por isso mesmo. Uma escola de samba elogia uma ditadura que já dura 35 anos e fica todo mundo aplaudindo, achando certo, normal. A impunidade no Brasil é a mãe desse tipo de atitude. 

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