domingo, 11 de setembro de 2016

A estranha estranheza do Capitão Wagner

A estranha "estranheza" do Capitão Wagner, candidato do PSDB à prefeitura de Fortaleza, mostra bem o perfil dos tucanos no Brasil de hoje.

Depois de patrocinarem um golpe institucional e um governo ilegitimo e reacionário como o de Michel Temer, para mim, não é estranho o Capitão Wagner achar estranho prender policiais por terem participado de uma chacina.

Mais ainda, o Capitão Wagner não se escandalizar nem achar estranho a polícia cearense dar uma de polícia paulista e baixar o pau em manifestantes.

Ou como diz ele, apenas usando , "apenas" usando spray de pimenta.

Capitão Wagner com essas declarações deixa bem claro como vai tratar trabalhador.

Imagine uma greve dos servidores de Fortaleza em um eventual governo tucano do policial Wagner.

Vai ser só no spray de pimenta.

Como fortalezense, já tivemos excelentes prefeitos. Lembro agora de Juraci Magalhães que foi muito perseguido por Tasso Jereissati.

Juraci deu um nó nos tucanos nos anos 90 que nunca chegaram à prefeitura.

O povo de Fortaleza sabe votar.

Truculência policial, ausência de políticas públicas para pobres, mulheres, negros vem sendo a marca registrada do PSDB em gestões como em São Paulo.

Fortaleza merece muito mais que um policial que sabe muito bem defender a corporação, mesmo quando integrantes da corporação agridem movimentos sociais ou participam de chacinas.


Deu no O Povo:


Wagner "estranha" prisão de PMs

Policial militar da reserva e candidato à Prefeitura de Fortaleza, Capitão Wagner (PR) falou pela primeira vez sobre prisão preventiva de 44 PMs suspeitos de envolvimento na chacina da Messejana, atentado que matou 11 jovens em novembro do ano passado.

As prisões foram decretadas no dia 31 de agosto.

“Há estranheza de isso acontecer justamente agora no período eleitoral, porque muita gente falava nos bastidores que isso iria ocorrer nas eleições, e aconteceu”, afirmou. A entrevista foi concedida ao editor-adjunto de Conjuntura Ítalo Coriolano na página do Facebook do O POVO Online.


Wagner disse esperar que “não haja nenhuma influência política junto ao Ministério Público (do Ceará) e da Justiça do Estado” e que acredita “muito” que esses órgãos não transformarão as prisões em “fato político”.

O candidato lembrou que todos os policiais foram detidos em prisões preventivas e que, durante o tempo reclusos, serão ouvidos, além de outras testemunhas. “Esperamos que, ao final, a Justiça tome a atitude correta para que os culpados sejam punidos no rigor da lei.”


O candidato também foi questionado sobre ação policial na manifestação contra o presidente Michel Temer (PMDB) da última quinta-feira, 7. Ele afirmou que “a única coisa” que viu foi “um policial usando spray de pimenta” e que não sabe o que ocasionou a repressão aos manifestantes.


Wagner rebateu críticas de que excessos da PM teriam sido por ordem sua. “Eu não tenho qualquer ingerência na Polícia Militar (…). Se houve algum excesso, foi determinado por eles e não por mim”, referindo-se ao governador Camilo Santana (PT) e ao comandante da Polícia Militar.


O candidato também falou sobre suas propostas em todas as áreas, com destaque para a segurança pública. Ele defendeu o treinamento e o armamento da Guarda Municipal. (Letícia Alves)

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