quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Bancários param centenas de agências no Ceará



O primeiro dia da greve dos bancários deixou 214 agências paradas no Ceará, ontem. Muita gente ainda desavisada da greve encontrou agências na avenida Santos Dumont fechadas. Um transtorno para quem foi em busca dos serviços básicos de todo início de mês, como saque de aposentadoria além de outras transações bancárias, como desbloqueios de senha, depósitos ou apenas buscar o cartão de débito ou crédito.

O número de agências fechadas representa 38% de todas as 559 agências do Estado. Na Capital, a adesão foi de 80% das unidades fechadas em razão do movimento paredista.

Ontem, 6, o Sindicato dos Bancários promoveu uma caminhada no Centro de Fortaleza e disse que a greve segue na quinta, 8. Para Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, os bancos empurram perdas nos salários, menos emprego, menos saúde e menos segurança.

“Os bancos é que nos levam a cruzar os braços. Bancários de todos o País estão só se defendendo do ataque dos bancos. Estamos falando de um setor econômico que não tem crise”, afirmou Bezerra.

De acordo com o Sindicato dos Bancários, os cinco maiores bancos do País (Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander) lucraram R$ 60 bilhões em 2015. No primeiro semestre deste ano, o lucro foi de R$30 bilhões. No entanto, segundo o Sindicato, 33 mil postos de trabalho foram destruídos entre 2012 e 2015. A proposta de reajuste salarial dos bancos foi de 6,5%.

Na próxima sexta-feira, 9, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) vai participar de uma rodada de negociação em São Paulo com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Além de melhores condições de trabalho, os bancários reivindicam um reajuste de 5% acima da inflação, projetada em 9,57% para agosto deste ano.

No Brasil, segundo a Contraf, 7.359 agências, centros administrativos, Central de Atendimento (CABB) e Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) tiveram as atividades paralisadas. Isso representa 31,25% das agências do País.

- No Jornal O Povo

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