segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Em debate, Marta Suplicy vira alvo por associação a Michel Temer



A duas semanas do primeiro turno das eleições municipais, candidatos a prefeito de São Paulo criticaram o governo Michel Temer (PMDB) e o nome de seu partido na corrida, Marta Suplicy, em debate na TV Gazeta.

Marta, alvo de grande parte dos ataques em razão da associação com o presidente, foi cobrada pelos adversários a respeito de políticas federais polêmicas como a reforma trabalhista e o teto para
gastos públicos.

Em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto (com 21%, segundo o Datafolha), ela foi citada pelo prefeito Fernando Haddad (PT), que ocupa numericamente o quarto lugar na busca pela reeleição, com 9%.

“A senadora Marta apoia o governo Temer”, disse Haddad, ao questionar a candidata do Psol, Luiza Erundina, sobre a proposta federal de congelamento dos gastos públicos por até 20 anos, em tramitação na Câmara dos Deputados. Segundo Haddad, a medida vai prejudicar investimentos sociais.

“Sou contra o golpe, sou contra o governo Temer e vou lutar contra todas as medidas que ele usa como pagamento para o golpe”,
respondeu Erundina.

Líder na pesquisa Datafolha, com 26%, Celso Russomanno (PRB) também associou Marta ao presidente ao ser questionado por jornalistas sobre a proposta de reforma trabalhista.

O deputado e apresentador de TV afirmou ser contrário à possibilidade de aumento da jornada de trabalho. “É você, Marta, que precisa responder isso. É o seu partido que quer apenar os trabalhadores”, afirmou.

Marta respondeu que as mudanças pretendidas por Temer não estão definidas e que o aumento da jornada é proposta do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, “do PTB da vice de Russomanno”.

A senadora também foi perguntada sobre a mudança de partido – em 2015, ela trocou o PT pelo PMDB –, apesar de acusações de envolvimento de membros da nova legenda com escândalos de corrupção.

- Jornal O Povo

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