Não foram trinta e três anos apenas de luta, amizades e histórias interessantes. O Café Cinelândia no histórico calçadão no centro da cidade do Crato era mais que um cafezinho. Era o ponto de partida e chegada de professores, jornalistas, comerciantes, estudantes, intelectuais, aposentados, gente que subia e descia, ia e chegava, partia e não mais voltava e a saudade apertava, gente que chegava, gostava e nunca mais ia embora. No calçadão as pessoas passavam, e olhavam sempre para dentro do Cinelândia, porque geralmente, ali , naquele local, poderia estar um amigo, e dava tempo para uma paradinha, um cafezinho, uma conversa.
Doeu os corações quando fecharam o Cinelândia. O Genésio e o François jamais serão os mesmos, pois viveram ali quase todos os dias dos últimos 33 anos. Não tem quem agüente a ruptura de um caso de amor tão longo. Não há quem agüente chegar no Natal e não ter o Cinelândia para uma paradinha, um cafezinho, ou um cerveja gelada.
François e Genésio foram mais do que comerciantes no centro de uma cidade cultural e bela como o Crato, foram dois grandes amigos que nos deixaram, que partiram sem ir embora, que deixam saudade, mesmo estando tão perto.
(Jornal Contraponto)
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