No último dia 11 de agosto, a comunidade acadêmica da Universidade Regional do Cariri (URCA) foi surpreendida com a renúncia do Chefe de Gabinete do Reitor Plácido Cidade Nuvens, Darlan Reis. Posteriormente, o mesmo professor tratou de divulgar uma carta com os motivos que o levaram a sair do cargo, pelo qual ele tanto lutou.
Na realidade, a carta do Darlan Reis pouco ou nada diz sobre o que realmente aconteceu. Fala apenas em decisão pessoal. A verdade é que a atual gestão à frente da mais importante universidade do Cariri sofre um profunda e intensa luta interna. São grupos políticos lutando pelo poder.
O que aconteceu é que o grupo de Darlan perdeu essa parada, pelo menos por enquanto. Se fortalece a Meiriane Esmeraldo, outros pró-reitores e a própria vice-reitora, professora Otonite, que estava com pouquíssimo prestígio e se sentindo incomodada com as ações de Darlan e sua trupe, de querer mandar mais que o Reitor.
A disputa pelo poder leva a defecções. Plácido, ao aceitar a demissão de Darlan se livra de um incômodo sem fazer força. Após a demissão de Darlan, diversos professores que estavam distantes de Plácido já ligaram para pró-reitores hipotecando apoio e aplaudindo a decisão de Plácido em aceitar a demissão de seu ex-chefe de gabinete.
A Urca está parada a um ano. Neste período vimos a ação da administração ir para cima de uma greve, tentando destruir o sindicato dos docentes. Depois, a administração promete um restaurante para o campus do Crajubar, e não cumpre. Dizem que a Urca é pública. Mas ainda tem cursos pagos. Faltam professores nas salas, e não há concurso para cargos administrativos, hoje, lotados com aliados do Reitor, do PC do B e de outros membros da atual gestão.
Na Fundetec, e essa denúncia vem do próprio Darlan, falta transparência.
O professor Plácido tem agora uma dura missão. Resgatar a Urca, devolver a universidade para a comunidade acadêmica, isso tudo com transparência e agilidade. Só o tempo dirá o que vai acontecer.
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