segunda-feira, 18 de agosto de 2008

OSCAR ARARIPE EM SÓ FLORES




Fosse São Paulo, Paris, ou eu Cézanne, e meus jarros de flores, assim como suas maçãs, sacudiriam Paris, e por assim dizer São Paulo, Minas e o México, onde serão expostas.
Pretensiosa pretensão. Desvairada arte.
São apenas jarros de flores, de flores apenas.
Mas, revolução em Pintura é pintar um novo jarro de flores.
Prefiro os jarros que não são flores, as flores de arte e a arte que cria as flores. Nada mais justo, nada melhor que uma “natureza morta” bem vivida.e pintada.
Falasse eu de flores. Mas não. Falo de borboletas. As flores não valem nada. Farfalhas, papalotes, papillons, mariposas, butterflies, borboletas são farfalas, papalotes, papillons, mariposas, butterflies. Nada mais.
Olhai, amados senhores, estas novas toalhas de mesa. Vejam este vermelho de fogo, este dourado digno da tenda de Saladino. Este preto de pó preto, que mal vejo, e que é feito de osso cremado. Azul. Azul é obra do amarelo, grande senhor do Sol, o melhor amigo de meus ombros. Balas de Laranja. Lembrança, sabor. Infância, rosa-de-meninice. Frutas nos quintais dos malfeitores das navalhas espalmadas.
Receber com flores. Nada de medos.
Resta o Sol, que é para todos.

Exposições 2º Semestre de 2008:
Galeria Tratos Culturais / Cataguases, MG / 15 de agosto a 13 de setembro de 2008.
Banco BNP Paribas / São Paulo / SP / Setembro de 2008.
Centro Cultural de Texcoco, México / 8 de novembro 2008.
Bienal de Chapingo, México / 7 a 19 de novembro de 2008.

Texto e imagem retiradas do site do artista Oscar Araripe, sobre sua nova exposição Só Flores.

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