Após bater de frente com o Governo da presidente Dilma Rousseff (PT) ao votar contra a proposta de R$ 545 para o salário mínimo nacional, o deputado federal Eudes Xavier (PT) mais uma vez faz “ponderações” a projeto governamental enviado para análise da Câmara dos Deputados. Desta vez, o questionamento de Eudes é sobre a criação de empresa para gestão dos hospitais universitários.
Em pouco mais de um mês após início das atividades legislativas em Brasília, é a segunda vez que o deputado petista mostra posição divergente dos interesses do Governo. Atento à situação, o coordenador da bancada cearense em Brasília, José Nobre Guimarães (PT), demonstra desconforto com a postura do colega deputado, revelando que o momento é de tensão entre os petistas. Esse caminho (que o Eudes está seguindo) não é um bom caminho”, alerta Guimarães.
Eudes Xavier não concorda com a criação de empresa do tipo sociedade anônima nem com a previsão de contratos temporários para prestação de serviços nos hospitais, conforme está previsto, segundo ele, no texto da medida provisória 520/2010, que deve criar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares S/A.
“As contratações temporárias significam a precarização não só do trabalhador, mas também dos serviços prestados”, criticou Xavier, que se denomina “um sindicalista licenciado” para ser deputado. “Está prevista a criação de uma empresa de sociedade anônima, que vai contratar pessoas a partir de método celetista. Quer dizer que será uma empresa privada, não uma pública. Não há previsão de concursos públicos”, preocupa-se.
fonte: Jornal O Povo
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