quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Livro-bomba acusa FHC de ter servido a CIA



Mal chegou às livrarias e Quem pagou a conta? A CIA na guerra fria da cultura já se transformou na gazua que os adversários dos tucanos e neoliberais de todos os matizes mais desejavam. Em mensagens distribuída, neste domingo, pela internet, já é possível perceber o ambiente de enfrentamento que precede as eleições deste ano.

A obra da pesquisadora inglesa Frances Stonor Saunders (editada no Brasil pela Record, tradução de Vera Ribeiro), ao mesmo tempo em que pergunta, responde: quem “pagava a conta” era a CIA, a mesma fonte que financiou os US$ 145 mil iniciais para a tentativa de dominação cultural e ideológica do Brasil, assim como os milhões de dólares que os procederam, todos entregues pela Fundação Ford a Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do país no período de 1994 a 2002.

O comentário sobre o livro consta na coluna do jornalista Sebastião Nery, na edição deste sábado do diário carioca Tribuna da Imprensa. “Não dá para resumir em uma coluna de jornal um livro que é um terremoto. São 550 páginas documentadas, minuciosa e magistralmente escritas: “Consistente e fascinante” (The Washington Post). “Um livro que é uma martelada, e que estabelece em definitivo a verdade sobre as atividades da CIA” (Spectator). “Uma história crucial sobre as energias comprometedoras e sobre a manipulação de toda uma era muito recente” (The Times).
Dinheiro da CIA para FHC

“Numa noite de inverno do ano de 1969, nos escritórios da Fundação Ford, no Rio, Fernando Henrique teve uma conversa com Peter Bell, o representante da Fundação Ford no Brasil. Peter Bell se entusiasma e lhe oferece uma ajuda financeira de 145 mil dólares. Nasce o Cebrap”. Esta história, assim aparentemente inocente, era a ponta de um iceberg. Está contada na página 154 do livro “Fernando Henrique Cardoso, o Brasil do possível”, da jornalista francesa Brigitte Hersant Leoni (Editora Nova Fronteira, Rio, 1997, tradução de Dora Rocha). O “inverno do ano de 1969″ era fevereiro de 69.

Fundação Ford

Há menos de 60 dias, em 13 de dezembro, a ditadura havia lançado o AI-5 e jogado o País no máximo do terror do golpe de 64, desde o início financiado, comandado e sustentado pelos Estados Unidos. Centenas de novas cassações e suspensões de direitos políticos estavam sendo assinadas. As prisões, lotadas. Até Juscelino e Lacerda tinham sido presos. E Fernando Henrique recebia da poderosa e notória Fundação Ford uma primeira parcela de 145 mil dólares para fundar o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). O total do financiamento nunca foi revelado. Na Universidade de São Paulo, sabia-se e se dizia que o compromisso final dos americanos era de 800 mil a um milhão de dólares.
Agente da CIA

Os americanos não estavam jogando dinheiro pela janela. Fernando Henrique já tinha serviços prestados. Eles sabiam em quem estavam aplicando sua grana. Com o economista chileno Faletto, Fernando Henrique havia acabado de lançar o livro “Dependência e desenvolvimento na América Latina”, em que os dois defendiam a tese de que países em desenvolvimento ou mais atrasados poderiam desenvolver-se mantendo-se dependentes de outros países mais ricos. Como os Estados Unidos.

Montado na cobertura e no dinheiro dos gringos, Fernando Henrique logo se tornou uma “personalidade internacional” e passou a dar “aulas” e fazer “conferências” em universidades norte-americanas e européias. Era “um homem da Fundação Ford”. E o que era a Fundação Ford? Uma agente da CIA, um dos braços da CIA, o serviço secreto dos EUA.

Milhões de dólares

1 - “A Fundação Farfield era uma fundação da CIA… As fundações autênticas, como a Ford, a Rockfeller, a Carnegie, eram consideradas o tipo melhor e mais plausível de disfarce para os financiamentos… permitiu que a CIA financiasse um leque aparentemente ilimitado de programas secretos de ação que afetavam grupos de jovens, sindicatos de trabalhadores, universidades, editoras e outras instituições privadas” (pág. 153).
2 - “O uso de fundações filantrópicas era a maneira mais conveniente de transferir grandes somas para projetos da CIA, sem alertar para sua origem. Em meados da década de 50, a intromissão no campo das fundações foi maciça…” (pág. 152). “A CIA e a Fundação Ford, entre outras agências, haviam montado e financiado um aparelho de intelectuais escolhidos por sua postura correta na guerra fria” (pág. 443).

3 - “A liberdade cultural não foi barata. A CIA bombeou dezenas de milhões de dólares… Ela funcionava, na verdade, como o ministério da Cultura dos Estados Unidos… com a organização sistemática de uma rede de grupos ou amigos, que trabalhavam de mãos dadas com a CIA, para proporcionar o financiamento de seus programas secretos” (pág. 147).
FHC facinho

4 - “Não conseguíamos gastar tudo. Lembro-me de ter encontrado o tesoureiro. Santo Deus, disse eu, como podemos gastar isso? Não havia limites, ninguém tinha que prestar contas. Era impressionante” (pág. 123).

5 - “Surgiu uma profusão de sucursais, não apenas na Europa (havia escritorios na Alemanha Ocidental, na Grã-Bretanha, na Suécia, na Dinamarca e na Islândia), mas também noutras regiões: no Japão, na Índia, na Argentina, no Chile, na Austrália, no Líbano, no México, no Peru, no Uruguai, na Colômbia, no Paquistão e no Brasil” (pág. 119).

6 - “A ajuda financeira teria de ser complementada por um programa concentrado de guerra cultural, numa das mais ambiciosas operações secretas da guerra fria: conquistar a intelectualidade ocidental para a proposta norte-americana” (pág. 45).

SIM FHC ERA AGENTE DA CIA

quando eu estava na faculdade assisti uma palestra do grande professor, infelizmente falecido, milton santos. nessa palestra, entre muitas outras coisas ele, disse assim, meio com ironia, quase como se estivesse brincando, que naquela epoca na america latina e demais paises emergentes do mundo (asia, africa e leste europeu) os presidentes eram TODOS marionetes do imperio. e como biografia comum tinham em seu passado, em algum ponto de sua vida academica uma bolsa da fundação ford.

pesa ainda na biografia desse cidadao que ele seja filho de oficial de alta patente do exercito e, por isso ele foi gentilmente convidado a sair uns tempos do brasil durante a ditadura. como reparação recebeu uma aposentadoria integral que o bancou em seu ocio criativo na estadia no exterior

ao retornar ao país pediu que esquecessem sua obra e no poder, entregou de bandeja o subsolo nacional...

creio que ele seja sim um baba ovos entreguista do imperio.
Dizem que FHC pertencia a uma Sociedade Secreta chamada Burschenschaft. Na USP tb existia essa Sociedade Secreta chamada E.S.P.A.R.T.A.
Dizem tb que o único brasileiro a participar do Grupo Bildenberg é FHC.

Uma das entidades que financiam o Instituto Fernando Henrique Cardoso é a Fundação Ford, que mantenedora do CFR.
Parece que FHC também foi membro de uma sociedade secreta na USP, a E.S.P.A.R.T.A. uma sociedade parecida com a Skull and Bones, fundada em 1956...
Sobre a E.S.P.A.R.T.A., dizem que a mesma É herdeira da "Bucha" (Burschenschaft), sociedade secreta da Faculdade de Direito da USP. A ESPARTA funcionava (ou ainda funciona) na faculdade de Ciências Sociais e teve entre seus membros políticos fundadores do PT e do PSDB
Pessoas que reconhecidamente fizeram parte da E.S.P.A.R.T.A.:

Perseu Abramo (fundador do PT)
Florestan Fernandes (fundador do PT)
Fernando Henrique Cardoso (Fundador do PSDB)

O projeto de poder deles se chamava Janus. Janus era o Deus de duas faces dos Romanos. No contexto da guerra fria, a ESPARTA se preparava para dois cenários: um socialista e outro capitalista. Resolveu então criar duas elites, garantindo que seus interesses sobreviveriam em qualquer regime.

O FHC era socialista e discípulo de Florestan Fernandes. Lula chegou a fazer campanha para ele pelo PMDB. Como ele tinha o melhor perfil e era de família de militares, foi destacado para tocar o lado direitista do Janus.


Um calhamaço de papéis e depoimentos sigilosos reunidos por ISTOÉ provam que a CIA continua ativa no Brasil. Os agentes americanos atuam com desembaraço, tomam conhecimento de investigações confidenciais e têm acesso a informações de segurança nacional. A espionagem ianque recebeu as bênçãos governamentais e, comprovadamente, operou no Brasil alojada em um estratégico birô da Polícia Federal brasileira: o Centro de Dados Operacionais (CDO), hoje rebatizado de Serviço de Operações de Inteligência Policial (Soip), que tem bases em Brasília e em outras sete capitais. A construção da sede do CDO no Distrito Federal foi bancada pelo governo americano, que também paga o aluguel dos demais escritórios. A inusitada boa vontade americana tinha como contrapartida a tolerância às xeretices da CIA no Brasil. Na mais ousada delas, o próprio presidente Fernando Henrique Cardoso foi grampeado. “O equipamento usado para grampear FHC era da CIA”, revela o delegado José Roberto Benedito Pereira, peça-chave na denúncia obtida por ISTOÉ sobre a atuação da agência no Brasil.

Em 1995, o CDO era chefiado pelo delegado Mário José de Oliveira Santos. Lá foi feito o grampo – denunciado por ISTOÉ – que captou conversas entre o presidente FHC e seu assessor direto, o embaixador Júlio César Gomes dos Santos, além de diálogos sobre a licitação internacional do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam). O bilionário negócio (U$ 1,4 bi) acabou no colo da indústria americana Raytheon. Para grampear Júlio César, o CDO recorreu a um expediente corriqueiro: sua suposta ligação com o narcotráfico. O embaixador foi flagrado conversando sobre o Sivam. Nada a respeito de drogas. No meio do grampo, algumas inconfidências de FHC. Era com o produto dessas gravações que o delegado Vicente Chelotti contava para se eternizar na direção da PF. Em conversas com amigos, costumava dizer que tinha “o homem na mão”. Chelotti caiu porque, segundo os policiais que trabalharam no caso, os trechos pessoais supostamente envolvendo FHC teriam sido apagados. Coube ao general Alberto Cardoso, chefe da Agência Brasileira de Informação (Abin), desmascarar o blefe com a ajuda da própria PF. A escaramuça palaciana, entretanto, ocultava interesses bem maiores.

Depois do fim da guerra fria, os órgãos de espionagem dos EUA, para manter o status e justificar os altos orçamentos, começaram a trabalhar também com espionagem comercial, acompanhando acordos internacionais de interesse de empresas americanas. Oswald Le Winter, ex-membro da agência, narra no livro Democracia e secretismo”, publicado este ano em Portugal: “A CIA e a NSA (Agência Nacional de Segurança) interceptaram chamadas telefônicas entre representantes brasileiros e a empresa francesa Thomson sobre um sistema de radar que os brasileiros queriam adquirir. Uma firma americana, Raytheon, também estava na corrida, e relatórios preparados a partir de interceptações foram canalizados para a Raytheon.” A bisbilhotice da CIA continuou, e sempre “incrustada dentro da
Polícia Federal”, como definiu o delegado Wilson Ribeiro, da Divisão Disciplinar da PF, no relatório de um caso recente.


O diplomata americano Lacy A. Wright Jr envia carta, no dia 6 de maio de 1997, ao chefe da Interpol no Brasil, Washington Melo (à esq.). Wright quer a indicação de um federal para participar de seminário na cidade de Washington. Os americanos se oferecem para pagar as despesas. No último parágrafo, ele revela quem é o contato da CIA no Brasil: “Robert Evans, primeiro-secretário, escritório para assuntos regionais, no fone 3217272, ramal 2026”. Melo indica um dia depois o delegado José Roberto para a viagem aos EUA

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