O Brasil pode ter um número de casos de câncer de colo de útero muito superior aos 17,5 mil estimados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para 2012. Apesar do número alarmante, o diretor do Instituto Oncoguia, Rafael Kaliks, considera a projeção conservadora.
"Existe uma variabilidade muito grande do número de casos por 100 mil habitantes entre os estados", afirma o oncologista. Kaliks destaca, por exemplo, a situação da doença na Região Norte do país, onde o câncer do colo de útero ainda é o tipo de câncer que mais mata mulheres.
"É mais comum que o câncer de mama. Se pensar que se trata de um câncer que se pode prevenir e que ninguém deveria morrer por esta doença, já que com a detecção precoce existe cura, é uma tragédia permitir que esta seja a principal causa de morte por câncer na região", critica.
Para o diretor do instituto, apesar de todos os esforços que o governo vêm fazendo desde a década de 1990, os casos da doença estão aumentando. Kaliks elenca duas razões para o cenário estabelecido. A primeira é a baixa adesão das mulheres ao exame de papanicolau.
O segundo motivo é que mesmo que uma mulher seja diagnosticada, em determinadas regiões, até que ela seja tratada, podem se passar meses e até um ano. Nesse período, a doença acaba se espalhando ou se tornando intratável.
fonte: DN
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