segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Crato: população protesta contra lentidão em obras de canal destruído



Um grupo de 50 moradores do Centro do Crato realizou na manhã de ontem, 27, uma manifestação em protesto pela lentidão das obras de recuperação do Canal do Rio Granjeiro. Hoje, 28, completa um ano que uma enchente atingiu vários pontos do Crato e inundou o Centro, prejudicando casas e lojas comerciais e destruindo parte do canal.

De acordo com Tereza Pinheiro, que é ambientalista, “estamos reivindicando que os poderes públicos, incluindo a prefeitura, Governo do Estado e União olhem para a situação que estamos, pois a qualquer momento, com qualquer chuva esse canal pode ruir”, afirma. Ela diz temer novas chuvas e uma enchente das proporções da que aconteceu em 2011. “Se isso acontecer vamos sentir na pele essa realidade difícil que estamos vivendo”, disse.

Tereza Pinheiro disse ainda que a caminhada era uma espécie de clamor às autoridades para que tomem uma atitude diante dos problemas que o Crato vem passando. “A parte do canal que foi reformada já tem problemas”, alertou. A ambientalista reclamou ainda que, nos últimos meses, não foi feita sequer a limpeza do canal.



A dona de casa Graciele Pinheiro participou do evento e lamentou a situação de sua casa no ano passado. “Quando acordei naquela madrugada só foi desespero. O meu carro foi destruído, ficou irrecuperável, as casas inundadas, e faltou apoio para nós moradores, ” afirmou.

Ela disse que a manifestação era justa e que a comunidade tem ainda muito receio de que novas chuvas destruam mais casas e comércios.

“Concordo com o povo do Crato, porque se o Crato tivesse representante era diferente, aqui é só o povo, cadê nossos representantes”, afirmou indignada.

“Entregue às baratas”

Solange Teles, que reside na Avenida José Alves de Figueiredo, disse que “estamos entregues às baratas, nossa situação é difícil, porque não tempos políticos no Crato”, afirmou. A casa da senhora Solange foi invadida pelas águas em 28 de janeiro do ano passado.

Ela disse ainda que perdeu um carro e teve parte da casa invadida pelas águas. “Eu concordo com esse movimento e gostaria muito que os políticos cratenses trabalhassem mais pela cidade e ajudassem a resolver esse problema”, concluiu.

A caminhada percorreu toda a avenida do canal indo até o Mercado Walter Peixoto e retornando ao ponto em que se iniciou, em frente à Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Um relatório feito pela Defesa Civil do Crato questiona os serviços feitos até agora pelo Departamento Estadual de Rodovias (DER).

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O Governo Federal liberou R$ 4 milhões para obras de recuperação do canal. Passado um ano só foi feita a primeira parte da obra. Para a segunda etapa nenhuma empresa apareceu na licitação, que ocorreu no último dia 19.


fonte: jornal O Povo

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