Uma fuga em massa de presos da Delegacia de Capturas (Centro de Fortaleza) foi evitada ontem pela Polícia Militar. Teria sido a maior evasão de presos na história do Ceará. A maioria deles é assaltante. Noventa e dois presos, entre eles quatro assaltantes de bancos capturados recentemente pela Polícia Federal no município de Cruz (Região do Acaraú), aguardavam somente a hora da fuga.
As grades das celas já estavam serradas. As “teresas” (cordas feitas de lençóis) também estavam prontas para a descida deles do 1º andar para o térreo. Mas um movimento percebido por um policial da permanência chegou ao conhecimento do Departamento de Polícia Especializada. Após receber a informação, o delegado Jairo Pequeno, titular do departamento, acionou o Comando Tático Motorizado (Cotam), que acabou frustrando a fuga.
A Polícia apurou que o plano estava arquitetado há dias: 1º de janeiro de 2012 seria a data combinada para escaparem. Atualmente, conforme a Polícia, 615 presos estão recolhidos nas delegacias da Grande Fortaleza. Somente nas delegacias do Departamento de Polícia Metropolitana, estão 467 presos.
O impasse para a transferência dos detidos para os presídios, segundo a Polícia, esbarra numa portaria assinada pelo juiz Luiz Bessa Neto, no último dia 20 de dezembro, determinando que não seja ultrapassada a capacidade instalada das Casas de Privação Provisória de Liberdade (CPPL).
Conforme o juiz, a medida considera que a estrutura atual não oferece segurança e não assegura aos detentos os direitos mínimos estabelecidos pela Lei de Execução Penal. De acordo com ele, isso afronta todos os princípios dos organismos internacionais no trato dos direitos humanos para o homem encarcerado “e internamente colidindo com um dos fundamentos da carta política do País – a dignidade da pessoa humana”.
ENTENDA A NOTÍCIA
Atualmente, de acordo com informações da Polícia, 615 presos estão recolhidos nas delegacias da Grande Fortaleza. Desse total, são 467 presos nas delegacias da Região Metropolitana e148 nos distritos policiais da Capital.
fonte: jornal O Povo
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