sábado, 13 de outubro de 2012

Muita atenção para o recado das urnas

A vitória apertada que garantiu a festa de Elmano de Freitas (PT) e Roberto Cláudio (PSB) no primeiro turno em Fortaleza abriu margem, também, para uma interpretação não muito positiva para os dois. Os 25,4% do petista e os 23,3% de Roberto revelam que, no último domingo, o fortalezense rejeitou majoritariamente os candidatos vinculados à Prefeitura e ao Governo do Estado. Somados, o percentual deles não chega à metade do total de votos válidos.

Das 11 capitais brasileiras que terão segundo turno, só Fortaleza e Porto Velho vivem essa situação. No caso rondoniense, o voto também se diluiu bastante e os adversários Lindomar Garçon (PV) e Mauro Nazif (PSB), que estão no segundo turno, somaram apenas 43% dos votos. Entre as cidades que tiveram maioria consolidada, Cuiabá se destaca: os candidatos Mauro Mendes (PSB) e Lúdio (PT) seguem na disputa com 87% das preferências, somado o desempenho dos dois.

O curioso, em Fortaleza, é que a maior parte dos 51,2% de eleitores que disseram “não” a Roberto Cláudio e Elmano optou por nomes que, há muito tempo, são fortemente identificados como oposição ao Governo ou à Prefeitura. Um deles é Heitor Férrer (PDT), que recebeu expressivos 21% dos votos. Embora o PDT faça parte da base de apoio do governador Cid Gomes (PSB), Heitor é um dos poucos da Assembleia Legislativa a criticarem a administração cidista.

Os candidatos Moroni Torgan (DEM) e Renato Roseno (Psol) – terceiro e quarto colocados no primeiro turno, respectivamente – também nunca foram de andar grudados às atuais administrações. No entanto, demonstraram relativa representatividade e conquistaram 13,75% e 11,84% dos votos.

Jornal O Povo
Por Hébely Rebouças

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