segunda-feira, 16 de junho de 2014

Ambientalistas sugerem lista para controle do extrativismo


Extrativistas, representantes de associações e instituições ambientais do Ceará, Pernambuco e Piauí, estiveram reunidos nesta semana em Crato, durante o Encontro dos Saberes Populares dos Usos da Flora Nativa da Chapada do Araripe. Uma das finalidades foi tratar da preservação dos produtos extraídos das matas da Área de Proteção Ambiental (APA) do Araripe.
O intuito é promover um levantamento de espécies, para serem retiradas da área sem a exigência do Documento de Ordem Florestal (DORF) e com isso favorecer principalmente as famílias que sobrevivem dos produtos extraídos das florestas. A relação poderá conter até mais de 100 espécies, que serão reunidas e ao mesmo tempo propostas estratégias para a manutenção desses recursos naturais.
Para isso, houve a participação da própria comunidade para realizar um levantamento dos principais vegetais e sua utilização, para serem classificados. Sem uma fiscalização efetiva, os produtos em sua maioria podem estar sendo extraídos de forma ilegal. A pretensão é possibilitar que haja um controle, mas que as comunidades que sobrevivem de produtos como o pequi, babaçu, fava danta, macaúba, entre outros, não sejam prejudicadas.

Várias ações relacionadas à organização dos povos da Chapada do Araripe estão sendo realizadas no intuito de organizar a cadeia produtiva do extrativismo e, ao mesmo tempo, promover à valorização e comercialização dos produtos de forma sustentável. A Fundação Araripe tem atuado nesse sentido, conforme Cristiano Cardoso, coordenador do projeto de promoção do Arranjo Produtivo. Daí, ele destaca a importância de manter esses produtos sendo extraídos, de forma que facilite a vida dos pequenos extrativistas da Chapada.

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