Extrativistas, representantes de associações e instituições ambientais
do Ceará, Pernambuco e Piauí, estiveram reunidos nesta semana em Crato, durante
o Encontro dos Saberes Populares dos Usos da Flora Nativa da Chapada do
Araripe. Uma das finalidades foi tratar da preservação dos produtos extraídos
das matas da Área de Proteção Ambiental (APA) do Araripe.
O intuito é promover um levantamento de
espécies, para serem retiradas da área sem a exigência do Documento de Ordem
Florestal (DORF) e com isso favorecer principalmente as famílias que sobrevivem
dos produtos extraídos das florestas. A relação poderá conter até mais de 100
espécies, que serão reunidas e ao mesmo tempo propostas estratégias para a
manutenção desses recursos naturais.
Para isso, houve a participação da
própria comunidade para realizar um levantamento dos principais vegetais e sua
utilização, para serem classificados. Sem uma fiscalização efetiva, os produtos
em sua maioria podem estar sendo extraídos de forma ilegal. A pretensão é
possibilitar que haja um controle, mas que as comunidades que sobrevivem de
produtos como o pequi, babaçu, fava danta, macaúba, entre outros, não sejam
prejudicadas.
Várias ações relacionadas à organização
dos povos da Chapada do Araripe estão sendo realizadas no intuito de organizar
a cadeia produtiva do extrativismo e, ao mesmo tempo, promover à valorização e
comercialização dos produtos de forma sustentável. A Fundação Araripe tem
atuado nesse sentido, conforme Cristiano Cardoso, coordenador do projeto de
promoção do Arranjo Produtivo. Daí, ele destaca a importância de manter esses
produtos sendo extraídos, de forma que facilite a vida dos pequenos
extrativistas da Chapada.
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