segunda-feira, 23 de junho de 2014

Obras da transposição do Rio São Francisco estão paradas em Mauriti



As obras da transposição das águas do Rio São Francisco continuam paralisadas no município de Mauriti. Há cerca de um mês, os operários que trabalham no trecho referente a Meta 3N, antigo lote 6, decidiram interromper os trabalhos até que a empresa Queiroz Galvão, responsável pela obra na região de Umburanas, na divisa entre o Ceará e a Paraíba, efetive, dentre outras reivindicações, reajuste salarial da ordem de 20% para todas as categorias que atuam nos canteiros da Meta 3N.

A paralisação dos operários foi decidida após assembleia envolvendo os trabalhadores e representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral no Estado do Ceará (Sintepav-CE), realizada no dia 22 do mês passado.

Além do reajuste salarial, conforme o representante do Sintepav-CE na região do Cariri, Francisco Evandro Pinheiro, os trabalhadores cobram que a Construtora Queiroz Galvão disponibilize plano de saúde para os empregados e seus dependentes; pagamento de 110% das horas extras trabalhadas de segunda a sexta-feira e 150% nos sábados, domingos e feriados; cesta básica no valor de R$ 400; abono de faltas nos dias de pagamento e abono de dias durante a realização de jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo; além da dispensa do aviso prévio, entre outras demandas.

Esta é a quarta vez em que as obras sofrem interrupções no trecho do antigo lote 6, em Mauriti. Na última vez que as obras foram paralisadas, no início do mês de março passado, os operários alegavam que os salários estavam sem ser pagos pela construtora desde dezembro de 2013. Após duas semanas sem atividades no local, a construtora resolveu atender às reivindicações dos operários e determinou a realização dos pagamentos devidos. Todos os dias, os trabalhadores realizam manifestações pacíficas no canteiro das obras.

Na última quarta-feira, um dos atos foi acompanhado pela Polícia Militar. Diversos cartazes de protestos foram espalhados pelos operários. Desde que foram iniciadas, em 2007, paralisações são registradas nos trechos do Projeto de Integração do Rio São Francisco que cortam o Ceará, localizados nos municípios de Jati, Brejo Santo e Mauriti.

No final do mês de março deste ano, por exemplo, uma semana após a visita do ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, ao canteiro de obras no Lote 5, localizado na cidade de Jati, operários decidiram paralisar as atividades reivindicando melhorias salariais à categoria.


Diário do Nordeste

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