A matéria abaixo é do Jornal O Globo. Fala sobre corrupção no Governo de
São Paulo, conduzido pelo tucano Alckimin, com a montagem de um esquema de
superfaturamento que pode ter tirado dos cofres públicos o valor de R$ 418
milhões.
O engraçado é que em nenhum momento a matéria cita o nome do governador
filiado ao PSDB ou cita o nome do partido. Formas diferentes tem o Globo de trata ros partidos políticos brasileiros. Se o governo paulista fosse do PT ou de outro partido de esquerda.......
SÃO PAULO - O Ministério Público Estadual de São Paulo pediu, na
quinta-feira à noite, a extinção das subsidiárias brasileiras de dez empresas
envolvidas no esquema de superfaturamento dos contratos de manutenção de trens
da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a devolução aos cofres
públicos de R$ 418,5 milhões relativos ao período de 2000 a 2002. A promotoria
acredita ter provas suficientes para comprovar a formação de cartel entre as
empresas denunciadas e o sobrepreço em torno de 30% no valor de cada contrato.
De acordo com o promotor Marcelo Milani, há indícios de que as
irregularidades se mantêm até hoje nos contratos firmados entre a CPTM e as
empresas. São elas: Siemens LTDA., Alstom Brasil LTDA, Construciones y Auxilias
de Ferrocarriles - CAF, CAF_Brasil Indústria e Comércio LTDA. Trans Sistemas de
Transporte S/A (TTrans), Bombardier Transportation Brasil LTDA, MGE -
Manutenção de Motores e Geradores Elétricos LTDA., Mitsu & CO (Brasil)
S.A., Temoinsa do Brasil LTDA., Empresa Tejofran de Saneamento e Serviços LTDA.
e MPE - Montagens e Projetos Especiais. Das onze empresas denunciadas, apenas a
Construciones y Auxilias de Ferrocarriles - CAF não teve o pedido de extinção
encaminhado pelo MP. De acordo com os promotores, por se tratar de uma empresa
com sede fora do Brasil, ela não está sujeita a legislação brasileira.
— Houve um acordo entre as empresas para que as vencedoras desses
contratos fossem as mesmas que construíram e venderam os trens ao estado de São
Paulo. Com isso, elas diminuíram os custos e garantiram o domínio do setor —
afirmou Milani.
O promotor disse ainda que a permanência da atual diretoria da CPTM no
comando da estatal é um erro por parte do governo.
— Tenho a certeza que eles têm que ser afastados, mas não sou o
governador.
Nesta sexta-feira o MPE e promotores da Suíça firmaram um acordo para
enviar ao Brasil documentos relativos a possíveis transferências de dados
bancários de agentes públicos suspeitos de envolvimento no cartel de trens de
São Paulo.
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Em nota, a Siemens afirma que “proativamente compartilhou com as
autoridades os resultados de sua auditoria interna que deram origem às atuais
investigações”. E que a empresa “sempre desejou e apoiou o total esclarecimento
deste episódio por meio das investigações conduzidas pelas autoridades
públicas”.
A Alstom informou que não foi notificada da ação proposta pelo MP e
“reitera o cumprimento à legislação brasileira”. A francesa Bombardier
Transportation Brasil LTDA informou que não vai se pronunciar sobre o assunto.
A Mitsui & Co (Brasil) afirmou que “não tem conhecimento sobre a
ação do Ministério Público e não comentará o fato”.
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