Na comemoração de 35 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores, a sigla que comanda há 12 anos o Governo Federal passa por crise nacional que perpassa escândalos de corrupção na Petrobras e desgaste de um início de mandato de arrocho fiscal, com cortes que alcançam as áreas sociais. Petistas cearenses reconhecem ser inadiável que o partido se reaproxime dos movimentos sociais e da sociedade civil para reverter a perda de credibilidade da agremiação.
O presidente do PT cearense, De Assis Diniz, que foi ao encontro em Belo Horizonte, na semana passada, para comemorar 35 anos do partido, diz que a operação Lava-Jato, que investiga pagamento de propina na Petrobras, foi pautada pelos filiados da sigla, que apontam parcialidade na atuação da Justiça e de setores da mídia em relação à crise enfrentada pela estatal.
"O clima foi festivo e de debate político, mas o momento traz preocupações em relação à atuação do Judiciário e da imprensa. Primeiro se prende para depois investigar", critica, referindo-se a lideranças do partido que estão sendo citadas por delatores do esquema de corrução que envolve vários partidos com representação no Congresso. O principal embate entre órgãos de controle e representantes das legendas é provar a legitimidade de recursos que financiaram campanhas políticas doados por empresas beneficiadas pela Petrobras.
Segundo o dirigente estadual do PT, foi discutida no encontro nacional a necessidade de sair em defesa do Governo Federal e se aproximar de movimentos da sociedade civil. "É preciso ampliar a capacidade de diálogo em relação a setores organizados, principalmente no processo de conferências municipais no congresso (nacional do PT, que será em junho)". "É o momento de debater a regulação econômica dos meios de comunicação e, na conjuntura partidária, o processo de defesa do governo de aprofundar as reformas", completa.
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