Como
forma de alertar a sociedade para a necessidade de combate ao racismo e a toda
e qualquer forma de violência contra a mulher, acontece, a partir das 7h30
desta terça-feira (31), neste município, a 1ª Caminhada da Mulher desenvolvida
pelo Grupo de Valorização Negra do Cariri, em parceria com o Conselho Municipal
dos Direitos da Mulher, Cáritas Diocesana, Sesc, dentre outras entidades
apoiadoras.
A marcha estabelece o fim das
atividades desenvolvidas durante todo o mês de março, tido como o Mês da
Mulher, e propõe a discussão das demandas ainda observadas, principalmente,
pela mulher negra. A Caminhada terá concentração defronte à unidade do Serviço
Social do Comércio (Sesc), em Crato, de onde os participantes seguirão com
destino à Praça da Sé, onde será realizada uma "Ação Cidadania"
oferecendo serviços de orientações monitoradas sobre a saúde da mulher, com
distribuição de preservativos masculinos e femininos, kits de higiene bucal,
jogos lúdicos, conferência de IMC, sorteio de brindes, dicas de beleza e
maquiagem, além de apresentação de defesa pessoal para mulheres.
O evento é visto como histórico e,
conforme os organizadores, pretende atrair, não apenas mulheres, mas, também,
todos os cidadãos interessados em discutir a necessidade da construção de
mecanismos que possam resultar na diminuição dos índices de violência
praticados contra mulheres no município.
"Esse é um fato histórico que
acontece no Crato e que traz todas as demandas das mulheres negras. É a
primeira vez que o movimento enegrece e assume as demandas das mulheres negras
como sua também. Há um grande otimismo em relação à participação da sociedade
durante a caminhada", disse Verônica Carvalho, que integra a organização
do evento.
Segundo ela, haverá três momentos
distintos onde discussões de temas específicos serão apresentados aos
participantes. "Teremos três grandes atos. Um que vai discutir a questão
do genocídio da população jovem negra, um momento com as mulheres de terreiro
e, depois, uma grande festa, uma grande quizomba", informou.
O evento também é visto como uma
oportunidade para a quebra de tabu ainda existente quanto à questão da
religiosidade negra, oriunda do continente Africano, como o candomblé, por
exemplo.
Representação
Na avaliação da Mãe de Santo Maria de
Oxum, é preciso que as participações aconteçam como forma de se fortalecer o
direito a todo e qualquer culto religioso. "Nós estamos participando para
representar a nossa religião, de matriz africana e, também, ajudar as mulheres
negras de uma forma geral. Estaremos todos dando força para as mulheres
negras", avaliou a mãe de santo em relação à presença da sociedade durante
a realização da caminhada.
Mais informações
Grupo de Valorização Negra do Cariri
Crato-CE
www.blogger.com/profile/14257325237689879214
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fonte: Diário do Nordeste
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