Uma doença que não está estampada no rosto de quem vive com ela. Assim é a
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), cujo vírus causador, o HIV, ataca as
células responsáveis pelo sistema imunológico, encarregado de defender o organismo de
patologias. Com a guarda baixa, doenças oportunistas podem se desenvolver e levar a
pessoa à morte.
Segundo a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), só no
primeiro trimestre de 2016, 74 óbitos por Aids já foram registrados no Sistema de
Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.
O último boletim epidemiológico da Sesa registra que, entre 1980 e 2014, 4.916 pessoas
morreram no Ceará por conta da doença.
Além dos óbitos, o surgimento de novas
ocorrências também preocupa. Segundo a Sesa, foram notificados 8.145 casos nos
últimos nove anos, e mais 124 de janeiro até 14 de maio deste ano. No boletim divulgado
pela Secretaria em 19 de fevereiro, haviam sido notificados apenas nove casos e nenhum
óbito.
Existem, hoje, 24 Serviços de Assistência Especializada em HIV/Aids (SAE) em 11 municípios do Ceará.
As unidades dispõem de equipes
multiprofissionais em saúde, compostas por médico infectologista, enfermeiro e, em alguns serviços, assistente social e psicólogo. Além da
realização de testes para detecção do HIV e sífilis, elas ofertam outros exames necessários ao acompanhamento do paciente e a
dispensação de medicamentos antirretrovirais.
Na Capital, funcionam sete SAEs criados desde 2006 sob responsabilidade do Município, e outros dois mantidos em parceria com
universidades privadas. A rede municipal conta ainda com o suporte do Hospital Universitário Walter Cantídio, de gestão federal, e do
Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e Hospital São José, ambos estaduais. Em média, juntos, eles atendem a cerca de 6 mil pessoas somente
da cidade de Fortaleza
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