segunda-feira, 23 de maio de 2016

74 mortes por Aids no CE em 2016

Uma doença que não está estampada no rosto de quem vive com ela. Assim é a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), cujo vírus causador, o HIV, ataca as células responsáveis pelo sistema imunológico, encarregado de defender o organismo de patologias. Com a guarda baixa, doenças oportunistas podem se desenvolver e levar a pessoa à morte. 

Segundo a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), só no primeiro trimestre de 2016, 74 óbitos por Aids já foram registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. O último boletim epidemiológico da Sesa registra que, entre 1980 e 2014, 4.916 pessoas morreram no Ceará por conta da doença. 

Além dos óbitos, o surgimento de novas ocorrências também preocupa. Segundo a Sesa, foram notificados 8.145 casos nos últimos nove anos, e mais 124 de janeiro até 14 de maio deste ano. No boletim divulgado pela Secretaria em 19 de fevereiro, haviam sido notificados apenas nove casos e nenhum óbito. Existem, hoje, 24 Serviços de Assistência Especializada em HIV/Aids (SAE) em 11 municípios do Ceará. 

As unidades dispõem de equipes multiprofissionais em saúde, compostas por médico infectologista, enfermeiro e, em alguns serviços, assistente social e psicólogo. Além da realização de testes para detecção do HIV e sífilis, elas ofertam outros exames necessários ao acompanhamento do paciente e a dispensação de medicamentos antirretrovirais. Na Capital, funcionam sete SAEs criados desde 2006 sob responsabilidade do Município, e outros dois mantidos em parceria com universidades privadas. A rede municipal conta ainda com o suporte do Hospital Universitário Walter Cantídio, de gestão federal, e do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e Hospital São José, ambos estaduais. Em média, juntos, eles atendem a cerca de 6 mil pessoas somente da cidade de Fortaleza

Nenhum comentário: