Se 2015 foi de economizar R$ 400 milhões, com aperto em custeio na máquina pública do Estado do Ceará, 2016 começa a ficar preocupante. É o que externa Mauro Filho, titular da Secretaria da Fazenda (Sefaz).
Os dados ainda vão ser apresentados oficialmente, no entanto, Mauro adiantou parte dos resultados do balanço quadrimestral do Estado ontem no IV Panorama Fiscal, realizado pela Fundação Sintaf com apoio do Sindicato dos Fazendários (Sintaf) e Associação dos Aposentados Fazendários (AAFEC). O evento aconteceu no auditório da Sefaz.
Afirmou que a receita total do quadrimestre cresceu 3,35%, com receitas próprias 7% maiores, mas com receitas de transferências constitucionais em queda de 4%. As despesas totais cresceram 6%, quase o dobro das receitas. O grande peso foi da despesa corrente, que são de custeio e manutenção.
Daqui a um mês, o Ceará vai ter em caixa R$ 1,3 bilhão, em uma operação financeira internacional que já foi aprovada pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), pelo Tesouro Nacional e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). A estimativa é do próprio Mauro Filho.
“Estou terminando amanhã (hoje) a licitação com o banco. Não preciso fazer, porque é operação de crédito externo, mas estou fazendo. Depois, vou comunicar ao Ministério do Planejamento que estou pronto para negociar o contrato. Demora ainda mais um mês e meio”, ressalta.
Os recursos serão utilizados para amortizar a dívida pública do Estado com a União do triênio de 2016 a 2018. A operação tem três anos de carência para começar a pagar e o valor que seria retirado do Tesouro Estadual para pagar a União será utilizado para outros fins pelo Estado, como pagamento de servidores e investimentos.
- Jornal O Povo
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