quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Em grande manifestação no Benfica na noite desta quarta-feira, povo de Fortaleza diz "Fora Temer" e "não ao golpe"

Uma grande manifestação nos bairros da Gentilândia e do Benfica marca neste começo de noite de quarta-feira, em Fortaleza, a resposta do povo cearense ao golpe, ao desrespeito ao voto de 54,5 milhões de brasileiros e à quebra da democracia no País. Desde as 16h os manifestantes se concentraram na Praça da Gentilândia, tradicional espaço de lutas pela liberdade, por avanços políticos e contra a retirada de direitos.

No começo da noite, centenas de manifestantes já participavam do ato e saíram em passeata pela rua Marechal Deodoro e pela Avenida 13 de Maio, no sentido Aldeota-Benfica, passando pela Reitoria da Universidade Federal do Ceará e seguindo até o cruzamento das avenidas da Universidade e Carapinima.

"Fora Temer" é a palavra de ordem mais entoada na manifestação, que conta com estudantes, professores, representantes de diversos partidos políticos do campo popular, sindicatos, associações, centros acadêmicos, ONGs, entre outras entidades da sociedade civil organizada, além da população em geral, que foi às ruas para mostrar que rejeita o governo usurpador e ilegítimo de Temer e exige a volta da democracia. Movimentos como a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, entidades como a União da Juventude Socialista e representantes de partidos como Psol, PCB, PT e PCdoB, além de parlamentares como o deputado federal Chico Lopes (PCdoB) e o vereador João Alfredo (Psol), também participaram do ato, assim como personalidades de destaque nos campos da cultura e do pensamento no Ceará.

Os manifestantes reforçaram a luta por uma saída democrática para a crise, com o povo decidindo quem deve ser o presidente, por voto direto, em eleições urgentes. O repúdio à covardia dos senadores que votaram a favor do golpe e a crítica às demais instituições que foram cúmplices na quebra da democracia, como a Câmara dos Deputados, a Justiça e a grande imprensa foram destacados durante as falas na Praça da Gentilândia e nas palavras de ordem gritadas já na caminhada pela Avenida 13 de Maio.

Assim como fez durante todo o período que antecedeu à concretização do golpe, a população de Fortaleza respondeu rapidamente aos novos fatos e já foi para as ruas, defender a democracia, denunciar o golpe e dizer que não reconhece o governo Temer. A defesa dos direitos trabalhistas, do patrimônio nacional e das prerrogativas constitucionais individuais e coletivas, todos seriamente ameaçados caso o ilegítimo Michel Temer siga no poder, apesar das graves denúncias que pesam contra ele e que esperam por respostas.

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