O setor da construção civil está passando por um momento de aquecimento na Região do Cariri, gerando ocupação de mão-de-obra, motivada pelos financiamentos de agentes financeiros. O crescimento econômico do Cariri, com a vinda de novas empresas de grande porte para a Região, também favorece esse bom momento do setor. Outro ponto positivo é o surgimento e implementação do Programa de Aceleração do Cresicmento (PAC), que tem apoiado empresas, através da aplicaçao de recursos na construção de moradias, estradas e diversas outras obras de infra-estrutura, beneficiando diretamente a população.
"É preciso apenas que sejam elaborados projetos para chegar ao Governo Federal, assim, os recursos serão liberados. Com relação ao Cariri, não é diferente. A gente tem tido acesso a alguns desses projetos e se observa a expansão do mercado imobiliário. Quanto mais se constrói, mais se vende, mais se aluga. O mercado está bastante aquecido", diz o engenheiro civil Mário Bem Filho.
O crescimento do setor da construção civil, que era característico das grandes cidades, chega a um momento de inversão. Com os recursos sendo descentralizados, pólos do interior do Estado podem ter mais acesso à verbas destinadas à expansão do setor imobiliário. É o caso do Cariri. Para o engenheiro e professor universitário Jeferson Marinho, um outro fator que aponta para o crescimento da construção civil é o auto-financiamento. “Os construtores do Cariri não vão aos bancos em busca de recursos para construir, a maioria constrói e negocia seus empreendimentos”, analisa Marinho.
A crise econômica mundial, que atingiu, principalmente, o mercado de capitais, não deve atingir o mercado da construção civil no Cariri. Jeferson Marinho analisa que, mesmo alguns empresários do setor terem tirado o pé do acelerador, em termos de investimentos, daqui a alguns meses a tendência é melhorar. “Quem investiu na bolsa perdeu muito dinheiro. Quem investiiu na construção civil ganhou muiito dinheiro”, analisa Jeferson Marinho, com olhar de otimismo para o futuro.
VERTICALIZAÇAO – Com relação ao processo de verticalização da construção civil no município de Juazeiro do Norte, que praticamente não tem zona rural, por conta do seu pequeno espaço físico, ocorre, conforme Mário Bem, é inevitável. Isso, segundo ele, ocorre porque o Município não tem terrenos suficientes para receber novas moradias horizontais diante da demenda crescente.. "A tendência agora é verticalizar. Não tem como fugir disso, até porque é um fator natural das cidades que estão se desenvolvendo", declara Exemplo disso, em seu entender, é o Bairro Lagoa Seca, onde há alguns anos existiam apenas chácaras e mansões e, hoje, nessa área, já se nota a presença de edifícios, a maioria com mais de dez andares.
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