terça-feira, 11 de novembro de 2008

Poluição visual prejudica turismo e novos investimentos




“O centro do Crato tem que passar por um processo de despoluição visual, pois da forma como está prejudica os próprios comerciantes e os consumidores e atrapalha os negócios”. O alerta é feito pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção do Crato, Mario Correia de Oliveira Júnior.
A despoluição, segundo ele, é um processo normal hoje nas grandes cidades e os centros urbanos que conseguiram concretizar ações no setor melhoraram em muito o visual da cidade. Mario Correia lembra o caso de Olinda (PE), Salvador e a capital paulista, que teve retiradas, por decisão das Prefeituras, todas as placas de outdoor. Em Crato, o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil defende que, para mudar essa realidade, é preciso uma ampla mobilização do poder público e dos proprietários de estabelecimentos comerciais.

Atualmente, o Conselho de Meio Ambiente do Crato, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, discute o Código Ambiental, que pretende regularizar ações na área, trabalhando a idéia da despoluição visual e a correta ocupação dos espaços públicos. Para o secretário de Meio Ambiente do Crato, Nivaldo Soares, a Prefeitura procura conscientizar as instituições produtivas para trabalhar melhor a idéia de utilização de placas nas fachadas.

“Nós já avançamos com a proibição de faixas na cidade e agora precisamos disciplinar o uso de placas”, afirmou Nivaldo Soares, lembrando que a secretaria irá articular um projeto para humanização das fachadas no centro da cidade, inclusive recuperando os prédios históricos. Soares alerta que serão feitas reuniões entre o Poder Público e diversas instituições para se debater o tema. “Acreditamos que os próprios comerciantes irão contribuir com a melhoria do visual da cidade para termos uma cidade menos poluída e mais moderna”, espera.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Crato (CDL), Geraldo Pinheiro, concorda que a poluição visual prejudica a cidade. “Acho que cada empresário deve trabalhar melhor o layout de sua fachada, sem inundar a cidade de placas”, avaliou. Para Pinheiro, qualquer projeto para melhorar o visual da cidade conta com o apoio dos empresários, pois o comércio termina por ganhar com a melhoria do visual urbano.

Jornal do Cariri
imagem de Cícero Valério

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