O vereador Patriarca Neto (PP) mentiu ao afirmar que não conhecia o homem que seria beneficiado com as contribuições em dinheiro solicitadas por ele na última segunda-feira (21), na Câmara Municipal de Maracanaú.
A cota organizada pelo parlamentar seria utilizada no pagamento da fiança de Luís Sival de Lima, 65 anos, preso desde 20 de setembro por estelionato e porte ilegal de armas.
No entanto, o suspeito goza, sim, de uma relação pessoal com o vereador. Em 2000, ele teria atuado como cabo eleitoral na campanha do Dr. Patriarca, ambos filiados ao PP de Maracanaú.
E após eleger seu correligionário, Sival foi nomeado em cargo de confiança, até 2004, na gestão do ex-prefeito Júlio César. De 2006 a 2008, foi funcionário contratado pela Prefeitura, lotado no Hospital de Maracanaú.
Sua trajetória política inclui ainda uma candidatura a vice-prefeito pelo PHS, partido que fundou no município, e uma candidatura sem sucesso à Assembleia Legislativa.
Dr. Patriarca também tentou comover a opinião pública ao afirmar que estaria apenas atendendo ao apelo da família de um rapaz “humilde e muito carente”, que estava passando dificuldades na ausência do pai.
“A filha dele me ligou desesperada, aos prantos, pedindo essa ajuda para pagar a fiança do pai. E todos sabem que o vereador é uma espécie de assistente social.”
Consciência Pesada?
Hoje, Sival encontra-se preso no 12º Distrito Policial, no Conjunto Ceará, sob suspeita de ter praticado o crime de estelionato.
Pouco antes de parar atrás das grades, ele chegou a declarar: “Fui traído pelos apaniguados do meu atual partido, o PP (...)Hoje, estou sem emprego, abandonado pelos meus chefes políticos, vivendo de favores de amigos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário