O período é de festa na região e maior movimentação na economia. O comércio tem bons resultados mas sofre os efeitos negativos, já que os lojistas estão preocupados com a quantidade de assaltos e arrombamentos, que tendem a ter aumento durante esse período do ano. E essa avaliação é feita por empresários, dirigentes lojistas e até mesmo a polícia, até mesmo de dois meses anteriores, como em abril e maio, com a incidência de casos.
Comerciantes reclamam da insegurança e estão descrentes quanto às possíveis condições de melhorias nesse segmento, em municípios da região, e até avaliam que a situação está piorando e que é preciso agir. Contratar segurança particular para alguns tem sido uma das alternativas. Há lojas principalmente no Centro de Juazeiro do Norte, que já chegaram a ser arrombadas 3 vezes em 15 dias e os donos decidiram fechar por não suportar mais assaltos.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade do Crato, Francisco Parente, afirma que a situação tem se tornado insuportável. A cidade tinha um projeto antigo de instalar câmeras de monitoramento para minimizar problemas relacionados à segurança na área do comércio, mas até o momento não se fala mais na questão.
Enquanto isso, o presidente da CDL diz que o problema tem se agravado, e não são apenas registrados arrombamentos, mas até assaltos à mão armada durante o dia.
Uma farmácia de Crato, conforme Parente, chegou a ser assaltada por duas vezes no mês passado. "Isso é extremamente preocupante", diz ele. Com uma comissão de lojistas, ele pretende se reunir nos próximos dias para avaliar a situação na cidade e solicitar mais policiamento para ao Centro, de dia e à noite, além de reforço de uma segurança particular na cidade.
Morador da cidade de Potengi, o biólogo Jefferson Bob diz que a questão da insegurança não é apenas um problema das cidades de porte médio da região. "Nos últimos dias Potengi foi pega de surpresa, com uma onda de assaltos", diz ele. E essa realidade tem se repetido em algumas cidades de menor porte da região, com em Santana do Cariri, em que comerciantes estão tenho que reforçar a segurança, atendendo de portões fechados. Na cidade, policiais sequer contam com veículo próprio para atuarem. Em Juazeiro do Norte, o lojista Cícero Alexandre Oliveira afirma que não tem mais a quem recorrer. Em menos de dois meses, o seu estabelecimento chegou a ser arrombado por duas vezes.
Ao chegar pela manhã percebeu o forro do teto danificado. Não foram tantos os prejuízos materiais, mas fica o sentimento de insegurança e impotência diante do quadro. Ele disse que chegou a prestar depoimento, fazer o boletim de ocorrência, mas até hoje seu estabelecimento não chegou a ser visitado por um agente. "Da segunda vez simplesmente desisti, porque não adiantou nada", lamenta.
Ao lado da loja de Cicero, um estabelecimento para venda de produtos impontados acaba sendo o principal alvo dos assaltantes. São produtos importados. Os proprietários da loja desistiram de comercializar no local durante essa semana. Foram registrados em 15 dias no local, três arrombamentos. Os donos da loja são coreanos e não gostam de falar com a imprensa. Simplesmente amargam o prejuízo e se transferem para outro espaço. Outro alvo dos ladrões não pouparam a loja de materiais de construção vizinha.
Para o comerciante José Jairo Peixoto, também vítima da insegurança, as pessoas estão reféns da situação de insegurança e impotência das próprias forças de segurança. Nos finais de semana e feriados a incidência de assaltos e arrombamentos têm aumentado.
Intensidade
Ele admite que esta época do ano, o problema se torna mais intenso. Propõe até que o policiamento passe a ser feito com os policiais em motocicletas, já que esse tem sido o modus operandi' dos assaltantes.
Ostensivo
Mesmo sendo uma das cidades da região, com o maior desenvolvimento do comércio, e contar com uma companhia da Policia Militar, a cidade de Brejo Santo não foge do rol das cidades onde há incidências de assaltos as zonas comerciais, conforme avalia o presidente da CDL local, César Siqueira.
Ele disse que o município ainda conta com o que considera importante que é ter o policiamento mais próximo e em condições melhores de atuação. Para ele, a cidade vivencia relativa tranquilidade em relação a municípios como Mauriti.
DN
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