Milhares de brasileiros atenderão, nesta sexta-feira (13/03), a convocação do movimento sindical e popular, ocupando as ruas para dizer basta à ofensiva conservadora.
O movimento tem caráter suprapartidário e de defesa da democracia. As pessoas não estão sendo chamadas a apoiar o governo da presidente Dilma Rousseff, mas para garantir a legitimidade de seu mandato constitucional.
Quem atender ao convite da Central Única dos Trabalhadores, também se somará à indignação contra a campanha nacional e internacional que tem como alvo a Petrobras.
As grandes corporações, os governos imperialistas e a oposição de direita mal escondem seu interesse em sucatear e privatizar a estatal, manipulando as investigações sobre desvios na empresa em favor de suas intenções.
Não é obrigatório gostar do governo Dilma para descer ao asfalto ou à terra batida nessa hora dramática.
Os próprios organizadores da mobilização exigem imediata mudança da política econômica, com a retirada das medidas do ajuste fiscal, e adoção de uma agenda unitária que represente as aspirações e reivindicações das camadas populares.
Poderão estar juntos todos aqueles que estão dispostos a lutar contra o retrocesso, o golpismo e os bandos que ameaçam a democracia.
Será apenas a primeira batalha de massas, de uma guerra política que poderá decidir o futuro do país.
A conquista das ruas é decisiva para os trabalhadores e a esquerda.
Não há outro caminho para romper o cerco midiático e institucional determinado pela reação oligárquico-burguesa.
Mudou o cenário nacional.
A escalada reacionária obriga o campo progressista a construir novas alianças e formas de ação, aglutinado ao redor de uma plataforma unitária que proponha reformas fundamentais para enfrentar a crise econômica e a falência do sistema político.
Daqui a poucas horas haverá um ensaio geral deste esforço unitário e democrático.
A comparação entre o 13 e o 15 será inevitável. Mas muita calma nessa hora.
A direita detém a iniciativa política e não impressiona que venha a exibir mais musculatura nos próximos dias. O que importa, porém, é que as forças progressistas estão fixando sua linha de resistência desde hoje.
Com firmeza e generosidade, a partir desta sexta-feira poderá nascer uma frente ampla dos trabalhadores da cidade e do campo, do mundo da cultura e da produção, capaz de ser a coluna vertebral dos que não admitem o país andando para trás.
O ex-presidente Lula disse, há dias, que a esquerda quer paz e democracia, mas também sabe brigar.
Pois bem: a hora do combate chegou.
Por Breno Altman
Site Opera Mundi: http://operamundi.uol.com.br/
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