Houve uma redução significativa na pluviometria e no número de municípios que registraram chuva no Ceará entre as 7 h de terça-feira e as 7 h de ontem. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) observou chuva em apenas 16 municípios e a maior ocorreu em Quixeramobim (13mm), seguida de Trairi (10mm), Viçosa do Ceará (9mm), Itapagé (8.5mm) e São Gonçalo do Amarante (8mm).
Para hoje, o setor norte do Nordeste (NE) brasileiro deverá permanecer sob influência de áreas de instabilidade que deixam o céu com nebulosidade variável e possibilidade de chuvas em todo o Ceará no decorrer do dia. Para amanhã, dia 6, o Estado deverá ficar com nebulosidade variável entre a madrugada e manhã com possibilidade de chuvas na faixa litorânea. À tarde e à noite, há possibilidade de chuvas no centro-norte. Nas demais regiões, céu com poucas nuvens.
Nos últimos dias, houve aproximação do principal sistema causador de chuvas no Estado, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). As precipitações começaram com maior intensidade a partir da segunda quinzena de fevereiro e vinham se mantendo, com precipitações localizadas. A maior quantidade de chuva ocorreu no último dia 2, quando foram registradas precipitações em 148 municípios do Ceará. Em fevereiro, no último dia 20, choveu em 139 municípios. No mês passado, a maior precipitação foi verificada no último dia 25, em Pacatuba (146mm). A Funceme caracteriza como "veranico", estiagens que perdura por mais de cinco dias durante a estação chuvosa, com dias de calor intenso e sol forte.
No campo, os produtores rurais estão esperançosos de que haverá boas chuvas para assegurar a safra agrícola de sequeiro. Na região Centro-Sul do Ceará, o plantio dos grãos (milho e feijão) foi intensificado. As secretarias de Agricultura das cidades de Iguatu e de Várzea Alegre registraram, na última semana, maior demanda pelo serviço de preparo de terra.
O secretário de Agricultura de Várzea Alegre, André Fiúza, disse que a maioria dos produtores estava sem esperança até o dia 20 de fevereiro, mas, de lá para cá, o quadro mudou. "As chuvas ficaram mais intensas e constantes e animaram os agricultores", disse. "Podemos dizer que a fé foi renovada". Em Iguatu, a secretária de Agricultura, Edileuza Pereira, disse que os agricultores estão no campo, preparando a terra e fazendo o plantio. "Agora a terra está úmida, propícia para o cultivo de grãos. Tomara que a chuva não vá embora".
A atenção também é voltada para os reservatórios. "É preciso que chova o suficiente para a recarga dos açudes", observou o coordenador da Comissão Municipal de Defesa Civil de Crateús, Teobaldo Marques.
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